Capítulo 1 - Rumo ao Desconhecido

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Huff, huff... Os dois corriam pelo corredor estreito, ofegantes, enquanto o eco de seus passos ressoava pelas paredes do corredor. Cada respiração era curta e pesada, um misto de adrenalina e exaustão. Correndo em meio às paredes totalmente brancas, os dois encontram uma escada e começam a descê-la. No entanto, Vanessa tropeça e cai, sentindo uma dor intensa na perna. No chão, ela mal consegue falar, tamanha é a agonia que sente.

— Vanessa, precisamos ir logo! — diz o garoto ao seu lado, o rosto marcado pela preocupação.

— E-eu... eu não consigo... está doendo demais — murmura ela, tentando recuperar o fôlego.

— Vamos, eu posso te levar — ele insiste, estendendo a mão para ajudá-la.

— Não! Você precisa ir — responde Vanessa, determinada. — Eu me viro, mas de jeito nenhum eles podem pegar nós dois!

Antes que ele possa reagir, Vanessa o empurra, fazendo-o cair da escada.

Droga, ele pensa enquanto se levanta, a contragosto. Ela me empurrou... Não dá mais tempo de voltar; eles já devem estar perto. Não tenho outra escolha...

Sem olhar para trás, ele se põe a correr novamente. Poucos passos depois, encontra uma porta: a saída.

Finalmente fora daquele local, ele continuou correndo sem olhar para trás, só parando ao chegar em sua casa.

— Ufa, finalmente em casa — murmurou para si mesmo, tentando recuperar o fôlego. Mas, antes que pudesse relaxar, ouviu batidas fortes na porta. Alguém tentava arrombá-la.

Droga, devem ser eles. Eu preciso sair daqui, pensou, sentindo a adrenalina renovar suas forças. Rapidamente, foi em direção à porta dos fundos. Ao olhar pelo olho mágico, constatou que não havia ninguém ali. Com extremo cuidado, abriu uma pequena fresta na porta, o suficiente para sair sem fazer barulho.

Ele passou silenciosamente, fechou a porta atrás de si e começou a correr novamente. Pulou a cerca do quintal e se afastou, correndo o mais rápido que conseguia enquanto sua casa ficava cada vez mais distante.

— E agora? Para onde vou? — murmurava para si, enquanto as opções passavam por sua mente. Então, uma ideia lhe ocorreu: Ah, já sei, vou para a casa da Maya!

Jiyū e no kari - A Caça contra a LiberdadeWhere stories live. Discover now