A Primeira Vista.

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Não lembro exatamente quando foi, tão pouco a que horas

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Não lembro exatamente quando foi, tão pouco a que horas. Tudo de que me lembro daquela noite em especial, é de que durante todo o dia eu me estressei, gritei e acho que até "xinguei" alguém... Até... Até o momento em que senti meu coração parar subitamente. Não me refiro a sofrer um infarto ou qualquer outro tipo de mal súbito, foi diferente, algo inexplicável e inesquecível, mas, que naquele momento, eu não saberia calcular o tamanho de tudo o que aquilo significaria na minha vida, o valor sentimental e a importância que passaria a ter, seria como precisar do ar nos pulmões para sobreviver, no entanto, já era amor muito antes de nós nos conhecermos, aquilo tudo estava escrito em algum lugar, e era de fato para acontecer com a gente. Até parece loucura, no entanto o amor é algo louco, inexplicável e quando ele vem e é de verdade, sai devastando tudo, e depois constroi e reconstroi quando sente necessidade. Amor, quando é de verdade vem sem avisar e apenas sai ocupando todos os espaços que sente necessidade de ocupar.

São Paulo, sexta-feira, dia qualquer, Agosto, 2007.

Como todo santo dia acordei e saí para fazer o que mais amo, dar aulas de muay thai na academia onde um dia fui aluno e hoje sou o professor. Entrei no carro e segui caminho rumo ao meu local de trabalho, um caminho tão familiar que às vezes penso em largar o volante e ter a certeza de que o carro vai seguir sozinho, como se possuísse piloto automático. Seria mais um dia comum, isso até a hora de voltar para casa, e ter que enfrentar o tão familiar trânsito, após o horário de pico. Nunca costumo mudar o caminho de volta, a não ser que tenha um bom motivo, mas depois do longo dia resolvi dar uma pequena esticada, jantar na rua e chegar em casa apenas para dormir, esse era o plano perfeito. Mas o destino quando tem seus próprios planos, apenas faz acontecer e foi dessa maneira que tudo começou a mudar e em alguns momentos cheguei a não me reconhecer, mas já que estava escrito, alguém tinha que ler essa história que estava por acontecer. Meu celular tocou, e mesmo sabendo que é uma infração grave, resolvi atender, as vezes dependendo de quem te liga, pode ser algo importante e naquele momento eu tive a sensação de que seria necessário atender aquele telefonema em especial.

- Oi, estou dirigindo não posso falar muito! - atendi no auto falante do telefone, assim não correria o risco de me distrair tanto enquanto estivesse dirigindo, e não correria o risco de levar uma multa por estar no celular enquanto dirigia. É errado de qualquer forma, mas ao menos não tira tanto a minha atenção da estrada e mantenho as duas mãos no volante, como deve ser.

- Cara, tava pensando em ir numa Balada Sertaneja, depois de hoje a gente merece... 'vambora'?!

- Não é de tão má a ideia. - pensei um pouco nos prós e nos contras, e às vezes a gente deixa os contras com a vida mesmo. Depois de instantes em silêncio dos dois lados, decidi aceitar o convite, que mal poderia fazer em sair com os amigos e espairecer um pouco? - Ok, Beleza! Vou passar em casa, tomar um banho, comer alguma coisa. Depois que resolverem onde vão, me avisa, e encontro vocês lá, sei que você vai ligar pra turma toda...

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