Capítulo 1 sem título

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Oh, Vida

Sinto a vida pulsando, um ritmo que se espalha sobre mim,

como o primeiro raio de luz a dissolver a noite,

um brilho suave e insistente, a me lembrar da presença do dia.

Aprendi a sentir o vento, não só como brisa, mas como um sussurro,

uma carícia de tempos que já se foram e de promessas por vir.

Cheiro as flores e me torno uma delas, uma pétala entregue ao instante,

sentindo o tempo escapar, cada segundo escorrendo feito areia.


O sol, esse amante quente e distante, beija minha face frígida,

e eu, como o entardecer, me aqueço em seu toque passageiro,

numa dança lenta de calor e sombra,

enquanto a noite se aproxima, como um manto de mistério e repouso.


Oh, vida, será que és tu que respiro?

Tua essência percorre minhas veias,

eu que te romantizo em cada movimento,

eu que aprecio minhas lutas,

como feridas que me mostram onde nasci e onde me fiz inteira.


Vivo o agora com a leveza do presente,

mas carrego o futuro em meus olhos,

um vislumbre dos sonhos tão altos, tão vastos,

que às vezes me assusto com a imensidão deles,

esse desejo que me faz tão pequena e tão gigante.


Mas sinto, sinto tudo.

Escuto as águas como um cântico antigo,

uma melodia de alívio e entrega,

e na pele, sinto o peso da vida se dissolver,

um descarrego, um despojamento, um gozo —

o puro êxtase de estar viva.


OH, VIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora