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Harry Potter precisava de um lugar para pensar. Tanta coisa tinha acontecido e ele só queria gritar. Ele precisava encontrar a motivação para continuar. Se ele estava destinado a derrotar Voldemort de acordo com a profecia sangrenta, então ele precisava encontrar um propósito.
Sirius estava morto e foi culpa dele. Se ao menos ele tivesse ouvido Hermione, tudo isso não teria acontecido. Sirius ainda estaria vivo. Seus amigos não teriam se machucado. Mais importante, Hermione não ficaria inconsciente e lutando por sua vida.
Ele não conseguia se sentar ao lado da cama dela com seus pensamentos correndo por todo o lugar. Ele precisava gritar. Ele precisava deixar tudo sair. Dando uma última olhada em Hermione, ele lentamente se inclinou e colocou um beijo suave em sua testa.
Ele precisava ficar sozinho. Com um milhão de pensamentos passando por sua cabeça, seu coração batendo como um louco devido a toda a turbulência emocional que ele estava experimentando, ele correu em direção ao corredor do sétimo andar em frente à tapeçaria de Barnabas, o Barmy.
Finalmente, ele chegou à entrada da Sala de Exigência. Ele caminhou na frente da parede e pensou em um lugar para pensar, um lugar para centrar seus pensamentos e um lugar para lembrar sua inspiração para continuar com essa batalha aparentemente interminável contra Voldemort.
Quando uma grande porta de carvalho apareceu, ele respirou fundo e calmante. Ele estava ansioso para ver o que a sala mágica evocaria para ele enquanto tentava encontrar seu centro em meio a toda essa escuridão e caos.
A primeira coisa que ele notou foi um espelho ornamentado muito familiar que era claramente antigo. O belo pedaço de vidro e metal tinha pés de garra e sua moldura dourada inscrita com uma frase estranha. Ele ainda não estava olhando para o vidro. Em vez disso, seus olhos foram atraídos para o design intrincado do espelho.
"Eu não mostro o seu rosto, mas o desejo do seu coração", ele murmurou enquanto fechava os olhos para silenciar seu turbilhão de emoções e pensamentos.
Depois de alguns minutos, ele abriu lentamente os olhos e olhou para o vidro. Ele ofegou.
Ele esperava ver seus pais mais uma vez, assim como naquelas vezes em que encontrou seu eu de onze anos sendo atraído pela atração deste espelho mágico. Em vez da imagem familiar de sua mãe e seu pai, a imagem mais estranha estava sendo mostrada.
Foi Hermione e um grande cachorro preto que o lembraram de Padfoot.
Ele engoliu.
Se a imagem já era perturbadora, eram os detalhes que a tornaram ainda mais confusa. Não só o desejo do coração dele deveria ser Hermione e um cachorro que se parecia com a forma de animagus de Sirius, mas foram os detalhes que o fizeram se sentir quente e bem... incomodado.
