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MADELYN GRACE
— Sabe eu pensei que você fosse uma boa filha, pena que eu estava errada. Você poderia ter várias utilidades para mim — disse aquela mulher que eu me recuso a chamar de mãe.
— Por favor, não faça isso! Eu faço tudo que você quiser, mas isso… isso não! Eu imploro! —Mesmo implorando a frieza daquela vadia não a permitia parar.
— Agora é tarde meu bem. Você já era! — a arma apontada na minha cabeça, o suor frio escorrendo pelo meu corpo. Um tiro.
O corpo de Lauren cai sobre mim. Ela está morta.
Escuto o despertador tocar. Me levanto num pulo da cama. Novamente esse pesadelo. Já é a terceira vez só esse mês. Entro no banheiro para tomar banho. A água fria caindo sobre meu corpo.
Coloco uma calça jeans e uma camiseta branca, calço meu tênis e desci para tomar café. Meu irmão já estava lá.
— Srta. Madelyn gostaria de suco ou café? — perguntou a cozinheira.
— Papai me mandou mensagem — ele disse. Fiquei sem reação por um momento, faziam 6 anos que ele não dava notícias.
— O que ele queria? — Perguntei.
— Nada. Queria saber se estávamos bem. Queria saber de você.
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Depois da conversa de hoje cedo, vim direto para a faculdade, mas não conseguia me concentrar, a única coisa que passava na minha cabeça era sobre meu pai.
Depois da morte de minha mãe, não demorou muitos meses para ele sumir. Ele foi um ótimo pai para mim, mesmo sumindo ainda o amo, mas por que agora? Bem no dia em que ele sumiu, dia três de maio.
— Maddy — Sophie gritou. Ela é minha melhor amiga.
— Oi Sophie — respondi.
Conheço Sophie desde meus 10 anos, ela sempre esteve em tudo na minha vida. A única que sabe de tudo da minha vida.
Ela sempre me apoiou e me entendeu, sempre esteve comigo nos piores momentos, inclusive quando meu pai foi embora.
— Tá tudo bem? Foram os pesadelos? — Sophie sempre sabia.
Concordei com a cabeça. Ela me deu um abraço.
— Sabe que pode sempre me contar as coisas, né? Eu sempre vou estar aqui para te ajudar. Sempre vou estar! — ela disse.
— Meu papai nos procurou — fui direta.
— O que? Como assim?
— Ele mandou mensagem para Nathan. Ele me falou hoje de manhã — disse.
— E isso não é bom? — perguntou um pouco confusa.
— Acho que sim!
Sinto meu celular vibrar no bolso. Quando o pego, vejo uma mensagem. É de um desconhecido.
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Olá, Madelyn
Quem évocê?
Em breve irá saber
Vocêé maluco?
Talvez... Só estou protegendo o que é meu!
Vocêé maluco
Ah meu bem... Já falei, só estou protegendo o que é meu!
Chega! Você realmente é maluco!
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Esse cara é maluco.
Vou caminhando com Sophie até a sala. Nós duas fazemos direito. Desde os meus 16 anos quero ser advogada, assim como Sophie. Por sorte, estamos na mesma faculdade e na mesma turma.
Estávamos no intervalo quando Nathan me liga falando para ir para casa o mais rápido possível. Saí correndo e fui o mais rápido que pude.
— O que foi? O que aconteceu? — disse quando entrei em casa e tudo estava escuro.
— SURPRESA! — Nathan e vovó Mary apareceram com um bolo lindo com uma vela de 20 anos.
— Me fizeram ir embora para isso? — disse. — Só vocês mesmo, viu!
— Vem vamos cantar os parabéns! — disse Nathan. Ele podia dar trabalho, mas eu com certeza não sabia viver sem.
Caminhamos até o balcão da cozinha colocando o bolo e cantando os tão esperados parabéns.
— Por isso? Meu aniversário é amanhã — resolvi tirar minha dúvida.
— Nós sabemos, mas amanhã já temos outra surpresa para você! — Vovó disse.
— Qual é? Eu estou ansiosa agora quero saber! — disse animada.
— Sabe que não pode, Petit — Nathan falou, o que só aumentou minha ansiedade.
— Agora não vou nem conseguir dormir — disse colocando um pedaço de bolo inteiro na boca.
— Não tem modos mesmo, viu! — Nathan disse sarcástico.
