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Assim que chegamos na minha casa, me sento no sofá, completamente irritado e transtornado

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Assim que chegamos na minha casa, me sento no sofá, completamente irritado e transtornado.

Minha mãe para na minha frente, fica um bom tempo me encarando, até que decidi falar alguma coisa.

— Por que está fazendo isso? — diz, agora com a voz mais baixa.

— Fazendo o que, mãe? — pergunto, jogando minha cabeça pra trás, no encosto do sofá.

— Eu pensei que você tinha se endireitado. — começa.
— Você estava tão bem até uns meses  atrás, por que começou a fazer burradas novamente?

— Eu vou arranjar outro emprego, se esse for o problema. — digo, suspirando.

— O problema não é esse, Hyunjin.— diz. — O problema é você voltar a ficar que nem antes. — suspira, passando as mãos no cabelo. — Eu não quero ver você voltando a ser igual era com trazer, quatorze anos.

— Isso já faz tempo. — digo. — Você não consegue fazer tudo aquilo?

— Não, não consigo.—diz,completamente brava.
— Você sabe o quanto me fez sofrer naquele tempo? Vendo meu menininho com treze anos de idade, chegando em casa de madrugada, com cheiro de bebida..  Você não sabe o quanto e difícil pra uma mãe ver isso acontecendo, e não podendo fazer nada. — suspira, andando de um lado para o outro.

— Porra, eu mudei. — digo, olhando para ela.
— Eu já te pedi desculpas várias vezes por tudo que eu fiz naquele tempo, o que mais quer que eu faça?

Ela apenas olha para mim, negando com a cabeça.

— E fumar? Quando você vai me contar que voltou a fumar? — despeja as palavras.

Porra.

— Como descobriu? — pergunto.

— O cheiro da pra sentir de longe, inferno. — diz, agora gritando. — Eu não acredito que você voltou a usar isso, seu pai ficaria tão des...

— CHEGA! — dessa vez eu grito. — Eu não aguento mais, toda vez você tem que falar do meu pai? Porra, ele não tá mais aqui, pra que ficar falando dele toda hora? — praticamente estou aos berros.

Ela apenas me encara, completamente assustada.

— Eu tô cansado de você sempre querendo mencionar meu pai, quando eu faço alguma burrada. Você não faz ideia do quão eu fico péssimo quando o assunto é ele, eu sinto que eu nunca vou conseguir superar isso, que eu nunca vou conseguir falar sobre ele, sem querer chorar. — digo. — meu pai, o meu pai morreu do meu lado, nenhuma criança merece passar por isso. Então, por favor, se quiser me xingar, ou fazer não sei mais o que, você pode fazer, mas por favor, não menciona o nome do meu pai. — digo, levantando, indo até a escada, mas minha mãe me segura.

— Me desculpa. —  diz, suspirando, com os olhos cheios de lágrimas. — Eu não gosto de discutir com você.

— Não gosta? — solto uma risada. — Você sempre arranja um motivo pra discutir comigo. — paro pra pensar. - As vezes acho que você sente raiva de mim.

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