Ao entrar no apartamento que dividia com Emily, minha melhor amiga, meus recém-completados 25 anos pareciam ecoar no ar. Vinha do trabalho, exausta e um pouco irritada, e só queria descansar. Mas, assim que abri a porta, fui saudada por um animado "surpresa!". Emily estava acompanhada pelos meus quatro amigos mais próximos, aqueles que me acompanhavam desde a adolescência. Elisabeth e Juan, agora um casal, Pedro, meu amigo desde a infância, e Marta, uma colega da livraria que eu havia aberto depois de me formar em Administração. Marta era uma loira elegante e chamativa, sempre com uma energia contagiante.
Ao fundo, meus pais seguravam um grande bolo rosa, sorrindo alegremente enquanto cantavam "parabéns para você". Ver todos ali, juntos, as pessoas mais queridas da minha vida, rapidamente dissolveu meu cansaço em pura alegria.
— Diz "xiiiis", velhinha! — gritou Juan, me pegando de surpresa com a câmera do celular. Eu ri e respondi com um tapinha na testa, nosso jeito próprio de demonstrar carinho.
— Obrigada, pessoal. Vocês são muito importantes para mim — eu disse, emocionada.
— Ah, a gente sabe! — respondeu Marta, rindo com aquele humor ousado, típico dela. Eu adorava isso! Na escola, eu era a nerd quieta e estranha, e ela, a garota popular e extrovertida que todos admiravam. Por sorte, caímos no mesmo grupo na feira de ciências do primeiro ano, e daí em diante, nunca mais nos separamos.
A noite seguiu leve e divertida, regada a risadas e histórias antigas. Meu pai trouxe uma caixa de fotos da nossa juventude, dispostas ali para nos provocar um pouco de vergonha.
— Gente, olha essa foto do Pedro no dia que descobriu que era alérgico a camarão! — disse ele, segurando uma foto de Pedro, ainda adolescente, na sala de espera da emergência, o rosto completamente inchado. Embora a situação tenha sido tensa, a imagem era hilária — ele fazia o símbolo da paz com os dedos e mostrava a língua.
— Eu tava um charme, mesmo inchado! — brincou Pedro, arrancando mais risadas de todos.
A noite seguiu agradável, cercada por amor e amizade, e me senti verdadeiramente grata por ter essas pessoas ao meu lado.
- Sabe que horas são? - Interrogou Pedro enquanto passava o olhar por nós seis.
- HORA DO VERDADE OU DESAFIO! - Gritamos todos juntos, verdade ou desafio era a nossa tradição de aniversário entre amigos desde tipo, sempre. Sendo amigos a tanto tempo já não havia mais segredos entre nós, mesmo assim aquela era uma brincadeira interessante. Éramos os típicos jovens adultos ainda vivendo uma adolescência tardia.
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Obrigada, pode ir agora.
RomanceDiagnosticada com câncer terminal, Matilda decide transformar seus últimos dias em um tributo à vida. Em seu diário, ela revive, com emoção e coragem, cada amor inesquecível e aventura vivida, tecendo uma narrativa íntima que celebra o passado e rev...