𝐂𝐀𝐏 𝟏 | 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐨

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"𝐏𝐫𝐚 𝐭𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐯𝐚𝐫 𝐞 𝐦𝐨𝐬𝐭𝐫𝐚𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞́ 𝐥𝐢𝐧𝐝𝐚. 𝐃𝐮𝐫𝐚, 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐢𝐝𝐚, 𝐜𝐚𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐦𝐚𝐬 𝐛𝐨𝐚 𝐝𝐞 𝐬𝐞 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐥𝐮𝐠𝐚𝐫."

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Enquanto caminhava em direção ao lago, o peso do meu passado parecia mais intenso do que nunca.

O dia começava como qualquer outro na pequena vila, envolta pela serenidade dos campos e a suavidade do amanhecer. O sol despontava no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados e dourados, e eu me preparava para mais uma sessão de pintura à beira do lago. A água refletia a paisagem como um espelho, e eu sabia que, se quisesse capturar a essência daquele momento, deveria mergulhar nas emoções que ele despertava em mim.

A arte sempre foi minha fuga - um refúgio onde eu podia expressar emoções que muitas vezes pareciam indizíveis. Com o pincel em mãos, eu buscava capturar a beleza efêmera da vida ao meu redor. O lago refletia o céu azul, e ao mergulhar meu pincel na tinta, cada movimento se tornava uma catárse. Mas hoje, mesmo a pintura não conseguia dissipar a nuvem de melancolia que pairava sobre mim.

Enquanto me concentrava nas cores e formas, algo dentro de mim começou a se agitar. Lembrei-me das memórias que tentava enterrar: as perdas, as escolhas difíceis e a busca incessante por redenção. O peso dos meus erros ainda era um fardo que carregava com relutância.

"A arte é uma forma de libertação", pensei comigo mesmo, enquanto deixava as cores fluírem na tela. Mas quanto mais eu pintava, mais percebia que estava apenas arranhando a superfície do que realmente sentia.

Fechei os olhos por um momento, tentando encontrar clareza entre os pensamentos confusos. O som suave da água ondulando me trouxe um leve conforto, mas não o suficiente para dissipar a sombra que me seguia.

Decidi dar uma pausa e olhei para o horizonte. As montanhas ao longe pareciam imutáveis, assim como meu desejo de superar o passado. -"Por que ainda estou preso a isso?"- perguntei a mim mesmo em um sussurro.

Naquele instante, percebi que precisava enfrentar meus demônios internos de frente. A arte poderia ser minha aliada nessa batalha, mas eu precisava me permitir sentir e confrontar tudo o que havia guardado em silêncio.

Respirei fundo e voltei à tela com determinação renovada. Cada pincelada agora tinha um propósito: não apenas capturar a beleza externa, mas também dar vida às minhas lutas internas. Era hora de transformar minha dor em algo significativo - uma nova forma de expressão que refletisse não só quem eu era, mas quem eu queria me tornar.

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⏰ Última atualização: Nov 15 ⏰

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𝐂𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨 | 𝐧𝐚𝐫𝐮𝐬𝐚𝐬𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora