Marina Lubian

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S/n, a fotógrafa do Conegliano, sempre foi fascinada por Marina. Como central do time, Marina irradiava confiança e uma energia que fazia qualquer um se encantar. Para S/n, era impossível não se perder nos olhos da jogadora, a beleza imponente, a força dentro e fora da quadra. Porém, havia um detalhe importante: as duas nunca haviam trocado uma palavra significativa.

O sentimento de S/n era correspondido, ela sabia disso. Marina, em seus pequenos gestos, olhares discretos e sorrisos tímidos, deixava claro que sentia o mesmo, mas ambas estavam tão aprisionadas pela timidez que nunca se permitiram dar o primeiro passo. As horas no vestiário, os treinos no ginásio e os momentos fora da quadra eram preenchidos por um silêncio que só aumentava a distância entre as duas.

Até que, numa tarde qualquer, Gabi e Isabelle Haak, colegas de equipe e amigas próximas, perceberam o jogo silencioso entre elas. A tensão estava no ar, mas ninguém tomava iniciativa. Ambas observavam as outras, sem saber como quebrar o gelo.

Gabi: Chegou a hora de acabar com essa enrolação- comentou, sorrindo travessa para Isabelle, enquanto observava as duas de longe.

S/n estava no canto do vestiário, nervosa, mexendo em sua câmera. Havia terminado de capturar os últimos momentos do treino, mas sua mente estava longe da quadra. Seus olhos, constantemente, se voltavam para Marina, que se aquecia para o próximo exercício. A presença de Marina sempre a deixava sem palavras, e ela sabia que nunca seria capaz de se aproximar.

Foi então que Isabelle Haak se aproximou, com um sorriso largo e uma energia irreverente, como sempre. Ela percebeu o olhar de S/n e seguiu seu olhar.

Isabelle: Você está perdendo o treino ou olhando para alguém?

S/n: Ah, não... não é nada. Só... só pensando.

Isabelle: Sabe, eu sou boa em perceber quando alguém está pensando em outra pessoa. E posso apostar que não está pensando nas estatísticas do jogo.

S/n: Não sei do que você está falando.

Isabelle: Claro que sabe! S/n, você é péssima em disfarçar. Todo mundo aqui sabe que tem algo rolando entre você e a Marina.

S/n: Como... como você sabe disso?

Isabelle: Porque eu tenho olhos para o que acontece ao redor. E, claro, sou observadora. Os dois olhares trocados durante os treinos? Os sorrisos quase imperceptíveis? Não sou cega.

S/n:  Eu... sempre fico sem saber o que fazer, Isabelle. Ela parece tão distante, e eu... não sei como me aproximar.

Isabelle: S/n, você acha que ela não sente o mesmo? Porque posso garantir que sim. Mas ela também está perdida, com medo de dar o primeiro passo. Ambas estão se observando como duas pessoas em um campo minado.

S/n: Eu sei... é só que... parece que não vai dar certo. Ela é a estrela do time, todo mundo a vê como... perfeita. Eu sou apenas a fotógrafa.

Isabelle:  Você está se limitando. Eu não sei quem te disse que você não é tão importante quanto ela, mas... acredite, você é. O que você faz aqui é essencial, mais do que qualquer estatística ou aplauso no final do jogo. E você sabe, eu vejo os dois se olhando. Ela não está distante de você, está apenas esperando que você tome coragem

S/n: Eu... sempre fico com medo de fazer algo errado. De não ser o que ela espera.

Isabelle:  Quem disse que você precisa ser o que ela espera? Seja você mesma. Marina já está impressionada por você. Ela apenas precisa de uma pequena ajuda para perceber que isso é recíproco.

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