ℛ𝑜𝑑𝑟𝑖𝑔𝑜 𝒢𝑎𝑟𝑟𝑜

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Pov: "𝘈𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘮"

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Pov: "𝘈𝘤𝘪𝘥𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘢𝘤𝘰𝘯𝘵𝘦𝘤𝘦𝘮"

Trabalho no CT do Corinthians como psicóloga do time, eu nunca chegava atrasada mas hoje...foi uma exceção

Me levantei da cama, tropeçando em mim mesma, tomei um banho de 2 minutos, pra menos, e coloquei a primeira roupa que vi em meu guarda roupa

Vesti uma calça jeans preta, calcei um tênis branco básico e vesti a minha camiseta branca do Corinthians, era tipo um uniforme para os que trabalhavam na minha área

Deixei meu cabelo secar naturalmente, e fiz uma maquiagem super rápida e básica, só pra não ficar com cara de gente morta

Peguei minha bolsa e sai correndo do meu apartamento, entrei no meu carro e dirigi em direção ao CT

Finalmente depois de tanta agonia eu cheguei no CT...mas eu ainda estava na adrenalina, eu começo a caminhar apressada pelos corredores do lugar, revisando mentalmente os tópicos da sessão que teria com os jogadores

Estava  distraída com os meus pensamentos mas em um instante, tudo ficou confuso.

Um jogador, que eu reconheci imediatamente, Rodrigo garro, esbarrou em mim, O café que ele segurava, se espalhou em meu "uniforme"...

Ele me olhou, seus olhos castanhos claros estavam repletos de preocupação, sua expressão era tímida, o mesmo coloca a mão na nuca e se inclina um pouco para falar comigo

- Me desculpe por isso... estás bien? -- O loiro me pergunta como seu sotaque portunhol

Eu olho para a mancha na minha camiseta e só conseguia pensar  "Me fodi" eu não tinha uma camiseta reserva nem nada.

Eu ouço a pergunta de garro e olho para ele, vendo sua expressão tímida e preocupada, o coitado não sabia aonde enfiar a cara

Tá tudo bem -- Falo sorrindo amigável tentando conforta o mesmo

-- Ele olha a mancha de café em minha camiseta e me pergunta - Você tem outra? -- Ele sorri tímido

Não...mas não se preocupe -- Falo vendo a expressão preocupada de garro

Garro me olha e então tira o seu moletom preto que estava usando, logo que ele tira, o mesmo ajeita o cabelo, e com uma expressão um pouco constrangida, ele me oferece o moletom

- Toma, use essa...

Relaxa, não precisa -- Afirmo com uma expressão amigável e tranquila

Ele hesitou por um momento, mas então, com delicadeza, segurou o moletom em minha frente, insistindo

- Precisa sim, aceita...eu posso pagar a lavagem da sua camiseta também

Era palpável o constrangimento de garro, o mesmo estava tão envergonhado por machar meu uniforme que a última coisa que ele queria, era sair dali sem resolver essa situação

-- Meus olhos brilharam por alguns segundos, observando as atitudes de garro - Eu aceito o moletom...mas não precisa pagar a lavagem ok?

Quanto eu aceitei, a expressão de garro se acalma

- Tem certeza? A culpa foi minha...

Fica tranquilo, acidentes acontecem... Alias se eu fosse cobrar a "lavanderia" de todos que já derrubaram algo em mim, eu estaria bem rica -- Falo só para descontrair e quebrar o gelo

Garro me deu um sorriso largo, parecia que ele estava mais calmo ao saber que eu não estava brava com ele

- Me desculpe mais uma vez, tem certeza que não vai brigar comigo? -- Ele Fala com uma expressão suave

Claro que não, é só uma macha de café -- Falo com um sorriso amigável

- Mas... -- Interrompi ele

Acidentes acontecem -- Falo e logo ele me dá um sorriso sincero

- Você é bem mais compreensiva do que eu imaginei -- O loiro diz com seu sotaque portunhol

Você imaginou oque? que eu seria um bicho de sete cabeças? -- Falo sorrindo

- Ah...não sei, você tem carinha de brava -- Ele colocou as mãos na cintura e sorriu

Garro se sentia mais confortável em conversar comigo, isso era bom, sumiu todo aquele clima pesado

Eu abri a boca pra falar alguma coisa mas logo vejo as horas no meu relógio de pulso, arregalo os olhos, já estava na hora da minha sessão com o Yuri 

Merda...eu preciso ir -- Falo afobada

- Ah tudo bem...

-- Dou meu celular pra ele - Anota seu número aqui, amanhã é minha folga não vai dar pra mim vir te trazer o seu moletom, mas a gente combina pra mim mandar um carro te entregar, pode ser?

- Claro -- Ele anota o número dele e eu vou saindo afobada em quanto falo

Não se culpe ta, acidentes acontecem -- Falo e vejo o sorriso meigo de garro e vou correndo para minha sala

Cheguei na minha sala e fechei a porta, fui para o banheiro e tirei aquela camiseta suja, lavei minha barriga, e coloquei o moletom de garro, que ficava um pouco grande em mim, mas não muito, passei meu perfume e parei para respirar

Lembrei dos momentos anteriores e soltei um riso para o espelho, logo fecho a cara percebendo que não era qualquer riso, era uma riso bobo

No instante eu ouvi três batidas em minha porta, e já sabia que era Yuri Alberto

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𝘐𝘮𝘢𝘨𝘪𝘯𝘦𝘴 𝘊𝘰𝘳𝘪𝘯𝘵𝘩𝘪𝘢𝘯𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora