A cerca

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Essa história é inspirada no filme o menino do pijama listrado obviamente mas com final feliz e viados ent espero q vcs gostem e obg por ler

Hans estava sentado na ponta da cadeira da sala jantar, mãos entrelaçadas no colo e os olhos fixos no chão, como se tentasse contar os vios da madeira no piso. A voz de seu pai, Franz Müller, ecoava pela casa, alta e imponente como sempre.

— Um garoto da sua idade não deveria passar o dia inteiro enfiado dentro daquela casa. — disse Franz, batendo a mão na mesa, o som reverberando pela sala silenciosa.
— Já falei antes, Hans, você precisa ser mais firme. Mais homem. Hans apertou as mãos entre os joelhos com mais força, sentindo o olhar intenso do pai em suas costas.

Ele sabia que qualquer resposta errada lhe renderia mais uma das lições severas de Franz.

— Sim, senhor. — ele respondeu, e mal pôde ouvir a própria voz.

— Sim, senhor? — veio a resposta em desafio de Franz.
— É só isso que tem pra me dizer, hein? Você acha que a vida vai ser boa com você se se esconder atrás das saias da sua mãe escondido, garoto? Não, não vai! Na rua é onde se é alguém! Se é um homem de verdade! Hans assentiu, encolhendo os ombros como se pudesse desaparecer.

— Então, o que está esperando?! — disse Franz, levantando-se e apontando para a porta.
— Vai, some daqui e faça alguma coisa! Hans hesitou por um momento, sabendo que resistir não adiantaria de nada. Levantou-se devagar enquanto olhava para a mãe, para Elisabeth na cozinha, calada, olhos grudados no chão.

Ele sabia que ela não poderia fazer nada.

— Posso voltar pra hora do almoço? — perguntou, voz fraca.

— Não me venha com essa. E não volte na hora do almoço. E não pense em voltar de mãos vazias. Vai descobrir o que é viver. Hans assentiu de novo e foi até a porta.

Franz o encarou até o último momento, como se tentasse ter certeza de que o garoto o obedeceria.

Quando finalmente saiu, Hans respirou fundo. Ainda podia sentir o peso de seu pai em seus ombros.

O ar frio da manhã envolveu seu rosto e ele olhou para o céu cinza. Tentou ignorar o aperto do peito. Chutou pequenas pedras pelo chão e começou a caminhar sem rumo.

O sentimento incômodo não passava, mas pelo menos ele estava fora daquela casa, daquela voz. Não sabia para onde ir, mas precisava manter a cabeça ocupada.

(Já ia fazer um mês que eu deixei essa história jogada e eu vou continuar essa bosta e eu tô com preguiça de ler se tiver alguma coisa errada não liguem tá porque eu não vou ler tudo de novo)

Hans caminhava sem pressa, seu passo leve e descompassado enquanto a rua parecia se estender infinitamente à sua frente. Ele passou por algumas crianças que brincavam, mas sentiu-se estranho, como se algo estivesse fora de lugar. Não era como se ele quisesse brincar, mas se sentia pressionado a estar ali, a agir como se fosse parte do mundo de fora. Continuou andando, desviando de algumas pedras e árvores que encontrava no caminho. Tudo parecia novo, apesar de ser um lugar que ele já conhecia.

Ele gostava da sensação de explorar, de estar em um espaço que não era governado pelas regras rígidas de sua casa. Era bom andar sem a necessidade de dar satisfação para alguém, sem ter que responder a ordens. Olhou para a rua, as casas simples ao redor e os prédios distantes, e se sentiu um pouco mais livre.

Mas então, algo chamou sua atenção. No final da rua, atrás de uma cerca velha e enferrujada havia uma abertura, um espaço estreito onde as madeiras da cerca estavam quebradas, deixando uma passagem. Hans, curioso, se aproximou.

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⏰ Última atualização: 6 days ago ⏰

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