CAP 1 - Casa Negra

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— – - Mackenzie Delizy

- Não, e não. - Digo simples.

- Humm...?- Disse sonso, num tom de deboche. - Sim e sim!

- Ei, solta minha mochila! - Meu irmão a puxava com força pra poder colocar as minha roupas nela.- Will, solta. Eu não vou morar com um bando de moleques.

- Sim, você vai. Sozinha você não fica. Lembra? Sou eu quem manda aqui, vai querer virar garota de programa igual a Eliza? - Disse socando minhas roupas dentro da mochila. Idiota do caralho.

- E não acha que vai ficar sem fazer nada, vc tem que arrumar um emprego, Lizy.

- Eu arrumar um emprego? Olha quem fala. - Digo indignada ou até puta da vida.- Eliza não é garota de programa, ela é minha amiga, e eu acho melhor você falar dela com mais respeito.-

- Ou o que, Lizy?- Disse se virando pra mim, erguendo uma sobrancelha.-

- Ou eu estouro esse sua cabecinha de merda.- Digo saindo do quarto.

Desci as escadas o mais rápido que pude para não ouvir os sermões dele e as ligações de vidas que se eu ficasse ali, escutaria por horas e horas.

Eu sentia saudade de morar com meu pai, o homem mais atencioso do mundo. Se ele não fosse de gangue, estaria vivo até hoje pra poder contar histórias, que Deus o tenha.

William, meu irmão sempre quis fazer parte da 'Oy' a tal gangue de SugarHill, onde meu pai atuava. E acabou que quando o velho veio a morrer, ele ficou conhecido como " O filho do eyes red",
Pelo tiro no olho direito do meu pai, o que o levou a morte na certa.

Enfim, o sonho do will era morar na casa onde todos da gangue moravam juntos, faziam festas, reuniões e uma caralhada de coisa, mas ele queria me levar junto nessas fitas erradas. E conhecia o tipinho deles, só drogas, sexo, e dinheiro. Tipo de gangue amadora, uns bostas.

Seria mais fácil se todos morresem juntos também.

[...]

- Lizy, espera dentro carro.- Disse Will, quase sussurrando.- Tá devendo porra? - eu disse em tom irônico.-

- Só cala a boca e fica aí.- Will saiu do carro, dando a volta pra entrar na casa enorme de grande onde ele tinha estacionado a frente. Com certeza caberia 100 mil pessoas ali dentro.

A brisa da noite estava mais suave, as árvores com suas folhas que batiam uma nas outras, como uma dança lenta e melancólica.

O vento sobrava contra meu rosto, trazendo o cheiro de cigarro amentolado de pera.

Quem é o infeliz que tá fumando? - Falei a mim mesma.-

Desvio minha atenção, olhando pra fora da janela do carro, colocando toda a cabeça pra fora, olhei do lado, olhei do outro, ninguém. Apenas dois latas de lixo, quase transbordando de sacola.

Uma risada masculina e rouca se deu a meu lado esquerdo, o que fez meu corpo pular de susto. Olho rapidamente a janela do motorista, e lá estava um menino quase derretendo de tanto rir e batendo com as mão da porta do carro igual uma pessoa quando engasga com algo.

- SE LOUCO QUE SUSTO - Não me aguento e começo a rir também!-

Minha barriga doía, a risada do menino era engraçada até demais, quando mais ele se matava rindo, mais eu começava a rir de novo e de novo.

- Ddot? Mackenzie? Você tá fazendo o que aqui? - Logo meu corpo voltou ao normal.

- Fala irmão.- Disse 'Ddot', dando um aberto de mão em Willian que não estava com uma cara boa. - Essa é a sua mina?

Who Is She? - DD OSAMA Onde histórias criam vida. Descubra agora