Oiee! Essa era pra ser uma história de Outubro, que se tornou uma história de Novembro, e terá, como "Sirene" (finalizada na última madrugada), 3 capítulos apenas.
Como muito do que eu escrevo, saibam que: tudo pode acontecer.
Ah! Essa é uma ghostfic, então já sabem... Personagem morto.
Espero que gostem!
[...]
“Say you'll remember me...”
17 HORAS ANTES
Ramiro sempre foi um grande fã de mistérios em geral, e isso ninguém poderia negar.
Quando criança, ele costumava sentar-se de frente para a televisão da sala de estar para assistir religiosamente alguns episódios de Scooby-Doo logo após suas aulas no período da manhã. Naquela época, a Sra. Neves não imaginava que seu filho fosse levar esse amor pelas investigações adiante, mas achava extremamente divertido recostar-se para observar o pequeno totalmente animado e criando as mais diversas teorias, às vezes um tanto malucas, sobre o seu desenho animado favorito.
Na adolescência, ele passou das telas e animações para as palavras redigidas nas páginas dos livros, como a série de Sherlock Holmes, publicações de Agatha Christie, ou qualquer outro romance investigativo que com grande frequência ocupava um espaço dentro de sua mochila escolar. Desta forma, podia, a qualquer hora ou em qualquer lugar, ver-se envolvido por aquilo que tanto admirava enquanto sonhava com o dia em que estaria cara a cara com um verdadeiro mistério. Seu pai achava admirável o amor do jovem pela leitura, mas também não se mostrava convencido de que aquele gosto tão específico seguiria por mais do que alguns anos, já que para ele, em determinado momento Ramiro acharia algo mais comum pelo o que se apaixonar.
Apesar disso, nada mudou, apenas avançou e cresceu no interior daquele menino, levando-o de séries, livros e jogos de detetive aos fins de semana com seus primos, até sua decisão, para tantos um pouco precipitada, de conseguir uma formação que o encaminhasse diretamente ao seu sonho.
Todos disseram, em cochichos trocados uns com os outros e até mesmo em alto e bom som, que seria coisa passageira e em algum ponto da vida o rapaz perceberia que aquilo não era de fato algo para ele – ou para qualquer outra pessoa –, tratando-se de um desejo o qual exigiria um foco que Neves não tinha, o que o levaria a desistir tão logo notasse esta barreira.
No entanto, esse momento nunca chegou, anos se foram e lá estava Ramiro Neves, prestes a provar-se de uma vez por todas para cada pessoa a qual um dia se deu ao trabalho de ir contra a meta de sua vida, ou era isso o que ele idealizava em sua mente, já que as provas e a residência pareciam nunca acabar e ainda haveria muito mais adiante – o que não destruía sua confiança em tentar.
O problema era que ele não imaginava que algo mudaria toda a sua visão do mundo e de si mesmo em questão de horas. Que algo mudaria a sua vida pela eternidade, revirando cada um dos planos já feitos.
Eram sete horas do dia 31 de Outubro e Ramiro estava sozinho em um café a poucas quadras de sua casa, aguardando para receber o seu pedido usual.
Na manhã em questão, tendo uma folga milagrosa para seu descanso no meio da semana, tentava listar os conteúdos os quais ainda precisava repassar, mas o destino colocou em seu caminho uma grande distração, iniciada quando uma voz vinda da televisão do outro lado do estabelecimento anunciou o plantão de notícias da cidade na qual residia.
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Heaven can't help me now
FanfictionO caso "Santana" está prestes a ser fechado, mas Ramiro Neves é um fã de mistérios que não acredita em acidentes ou acasos.