A noite estava fria e silenciosa, apenas o som distante de carros passando pela estrada ecoava nas sombras da cidade. O céu estava coberto de nuvens, como se o próprio universo estivesse observando o jogo perigoso que se desenrolava.
Jack, o chefe da mais temida gangue da cidade, olhava fixamente para o mapa espalhado sobre a mesa de vidro. Seus olhos, escuros como a noite, analisavam cada detalhe, cada possível movimento, enquanto seus dedos, tatuados com símbolos de poder e destruição, deslizavam lentamente sobre as coordenadas da localização do diamante. A pedra rara e valiosa, perdida por décadas, era agora o prêmio de todos os que ousassem enfrentá-la. Mas ele não era qualquer um. Jack não só queria o diamante; ele queria a vitória, a dominação.
O salão estava envolto em penumbra, com apenas algumas luzes bruxuleantes refletindo nos cristais de lustres caros. O leilão secreto era o lugar onde se reuniam os mais perigosos e ambiciosos, todos disfarçados por máscaras e sussurros de ameaças veladas. Jack, com sua presença imponente e o olhar tão afiado quanto a lâmina que carregava escondida, observava a sala com desconfiança. Ele não estava ali para brincar. A pedra de diamante conhecida como “A Chama Lunar” era a peça que faltava para consolidar o domínio de sua gangue sobre o território sul.
Do outro lado da cidade, em um apartamento luxuoso e escondido nas ruas mais sombrias, você, S/N, observava o mesmo mapa com uma expressão de pura frieza. O diamante seria seu. Você nunca falhou antes, e sabia que não falharia agora. Com sua gangue, conhecida por sua habilidade em driblar a lei e a morte, a vitória parecia certa. Porém, havia um problema: Jack. O nome dele sussurrado nas ruas, o homem imbatível, temido por todos. Agora, ele estava em busca do mesmo diamante.
S/N, encostada no bar do seu apartamento luxuoso, fazia sua própria análise. Com um vestido preto impecável e sua máscara delicada que não escondia o brilho calculista de seus olhos, ela disfarçava o desprezo que sentia por estar cercada de amadores. Seu plano era claro: entrar, pegar a pedra, e sair antes que alguém soubesse que havia sido roubada. O diamante não era apenas um tesouro; era uma mensagem de poder para o lado leste, uma demonstração de que ela não era apenas uma peça no jogo, mas a própria jogadora.
Ambos estavam alheios à presença um do outro. Jack confiava que a informação que sua equipe havia conseguido era exclusiva. S/N, por sua vez, tinha certeza de que o roubo seria tão perfeito que ninguém ousaria questionar a origem da peça. O leilão ainda não havia começado, mas a tensão já era quase palpável.
