✓ Always Been You | Hayden Christensen

56 MAITÊ §

Maitê Brando
17 de janeiro de 2025
Sexta-feira

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O primeiro raio de sol atravessou a fresta entre as cortinas,.... tingindo o quarto com uma luz suave e dourada... O silêncio no quarto era quase absoluto, interrompido apenas pelo som distante do tráfego. Eu pisco lentamente, corpo ainda pesado pelo sono, pelos resquícios de emoções da noite anterior. Aos poucos, a consciência foi retornando, e com ela, as lembranças... Viro a cabeça no travesseiro e vejo o outro lado da cama vazio,.... porém ainda marcado.

Pela presença de Hayden.

O lençol ainda estava amassado.. pelo calor residual, que testemunhavam... que o Hayden havia estado ali até há pouquinho tempo. Eu fecho os meus olhos por um momento, inspirando profundamente,... como se quisesse guardar aquele instante de paz frágil dentro de mim... A noite anterior retornou igualzinho ao um filme, vívido e inescapável. Depois de toda discussão.

Tantas palavras duras trocadas, eu não esperava que uma situação com o William, iria se tornar em algo.

Ainda assim.

Lá estavam nós. Um de frente um para o outro, as mágoas dissolvendo-se apenas em conversas honestas e olhares que pareciam dizer o que as palavras falharam no momento nossa conversa.

— Eu senti sua falta.. — palavras que ele havia dito na noite anterior, a todo momento, a voz rouca e hesitante, eu também havia sentido. Eu passei a mão pelo lençol, perdida na textura do tecido. Me relembrando do momento em que decidimos sair juntos do e evento, e vim direto para o hotel. Não havia pressa, nem certezas. Apenas um desejo mútuo de se entenderem, de se reconectarem. As palavras deram lugar aos os gestos, e as mágoas ficaram para trás, ao menos por aquela noite. Eu sento-me na cama, os meus cabelos negros caindos em uma cascata desordenada sobre os meus ombros.

O quarto tinha o cheiro dele, era uma mistura de um perfume amadeirado e algo indefinivelmente Hayden. Olho para a janela, onde o mundo lá fora seguia indiferente que tinha acontecido ali dentro.

Uma pontada de insegurança cruzou minha mente.

— Meu Deus! — eu sussurro, me perguntou em silêncio. Mas antes que a dúvida pudesse crescer, ouvi o som de passos no corredor e, logo depois, a porta do quarto se abrindo. Hayden apareceu com um carrinho com o café da manhã e um sorriso discreto no rosto, como se soubesse exatamente o que ela estava pensando. 

— Bom dia. — ele disse, a voz calorosa, enquanto caminhava em sua direção. Eu o observo por um instante, sentindo uma inesperada tranquilidade. Talvez as cicatrizes não fossem embora tão rápido. Mas, naquele momento, enquanto aceitava a xícara e sentia o calor do café entre as minhas mãos, eu decidi que isso era suficiente. 

— Bom dia. — respondo, com um pequeno sorriso que prometia mais do que as palavras poderiam dizer. 

— O que vai fazer agora ? — perguntou ele, dando um longe em seu café.

— Não sei ao certo. Bem, só iremos ter outro evento no domingo, eu estava pensando em chamar o pessoal para irmos dar uma volta. — dou de ombros. — Por quê a pergunta ?

— Estava pensando... — ele coloca sua xícara na bandeja, e toma a minha das minhas mãos em seguida, fazendo a mesma coisa. Hayden se aproxima lentamente, colando nossos rostos. — Em sairmos juntos depois, só nós dois... O que você acha ?

— Tentador. — digo fingindo desinteresse. — Acho que podemos sair.

— Eu sei que você vai sair, querida. — fala convencido, arrancado-me uma gargalhada.

— Muito convencido, Hayden Christensen. — sem dizer mais nenhuma palavra, Hayden cola nossos lábios, inciando um beijo lento. O beijo se intensificava, mas fomos interrompidos pelo toque do meu celular. — Hayden, tenho que atender... Hayden!

— Maitê... Depois você atende... — ele tenta impedir-me, mas eu atendo o telefone colocando no viva-voz.

— Oi ? — era Emma ligando-me.

— Tava pensando em sairmos para aquele bar que sempre vamos, o que acha ? — quando estava prestes a responder, Hayden tem a audácia de beijar o meu pescoço. Tento ao máximo não soltar um gemido. — May, você está bem ?

— Ah! Sim. Sim. Estou ótima! Acho ótimo. Estava pensando em chamar o pessoal mesmo para sair. — digo rapidamente.

— Que bom, então. Nos vemos as sete e meia lá no bar. — antes que eu desligasse, Emma fala: — Pode vim também, Hayden. — franzo a testa em confusa, e antes que eu fale, elu responde: — Nós ficamos felizes por vocês estarem juntos. — dito isso, Emma apenas encerra a ligação.