𝑬𝑵𝑻𝑹𝑬 𝑨 𝑽𝑰𝑫𝑨 𝑬 𝑨 𝑴𝑶𝑹𝑻𝑬

𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝚅𝙸𝙸𝙸

_____________"Tentando relaxar, e uma história a contar."

Eu achei que poderia me virar sozinha, ou talvez fixar o mais tranquila possível aqui dentro.Maa parece que o destino gosta de pregar peças e cá estou eu, sendo carregada nos braços de Jasper, após ter um ataque na cozinha por conta daquela aranha impertinente.

Eu poderia matá-la, é claro, se isso não fosse um dos meus piores traumas de infância.

Aranhas, são o meu problema, aranhas são meu trauma, e é por isso que eu tenho tanto pavor em vê-las.

E esse meu trauma me levou direto aos braços de Jasper, o qual me carregava com todo cuidado possível, sua agilidade me deixava intrigada, sabendo bem onde pisar, com cuidado para não tropeçar em nenhum degrau na hora de subir as escadas, e sem precisar olhar para baixo.Ele não permitia que minha cabeça tomasse para trás, já que assim que fui me inclinar para trás para ver quem estava vindo atrás de nós, ele a pegou com sua mão, que antes estava em minha costa, e a levou até a minha nuca, trazendo-a para perto de seu peito, e a reencostando ali.

Não rebati, não briguei, não fiz nada.

Ainda estava atordoada por conta do incidente com aquela aranha, eu confesso uma coisa....não queria que ele me soltasse se isso significasse por meus pés no chão novamente, e corre o risco de outra subir em minhas pernas.

_____Pra quem odeia toque físico, você parece bem calma, não é?___A voz próxima e calma de Alice atraiu minha atenção.A garota finalmente veio até meu campo de visão, assim que foi para a frente da porta de um dos quartos, para abri-la.

Um sorriso dócil, e cativante de destacava em seu rosto, uma energia boa, como sempre, emanando de seu corpo, me fazendo questionar do "por que" estar assim, não que eu me importe.

Apenas curiosidade.

_____Não se gabam muito, essa foi a primeira e única vez que irão me tocar de mão aberta___Adverti olhando para os dois.Jasper por sua vez, pareceu não ligar muito e apenas me colocou sentada na cama, assim que meu corpo foi sendo posto nk colchão, senti ele afundar levemente peli meu peso, e com isto, senti sua maciez.

_____Seu corpo ainda está tenso, deveria tentar...___Ele olhou para cima tentando pensar em algo, em meio a uma pausa.___Relaxar.

Me ajeitei sobre a cama, recuperando a compostura, e minha muralha auto protetiva, que sempre estava ao redor de mim mesma, apenas.

Relaxar não era meu forte, lembro-me bem que dá última vez que eu relaxei...de verdade, foi em meu aniversário de 17 anos, com minha família. E depois disso nunca mais tive paz, para poder relaxar.

A paz que me era dada devido a uma vida modesta, e feliz com minha família nos campos, foi arrancada de mim, e tudo aquilo que eu maia presava na vida se foi.

Meus irmãos, pai, mãe.

O único carinho, o único amor que um dia já recebi, foi deles, e durante séculos fiquei sem isso, desde aquele fatídico dia.Eu não sentia nada....amor, raiva, tristeza, alegria, medo, vergonha, todos os sentimentos mais HUMANOS que já tive, foram se esvaindo, e deixando pra trás um rastro podre de: ganância, luxúria, orgulho, sarcasmo, ódio, e a sede por vingança, sem contar que a confiança era algo que mais me faltava, eu não confiava em ninguém! E com esse pequeno Clãn não seria diferente.

Eles são amigáveis, mas nunca se engane com um rostinho bonito, e um doce sorriso, pois isso vai te matar.

Lição pra vida.