Cinema atemporal

|Capitulo II|

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Um passado esquecido
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Aizawa olhando para os alunos, em pé diante da tela, enquanto o projetor começa a ligar:
"Eu não sei o que será mostrado, mas o objetivo aqui é simples: observar e aprender. Não importa o que vejam, tirem algo disso. Cada um de vocês precisa refletir sobre o que está sendo apresentado, fazer anotações e pensar nas lições que podem ser extraídas. Sejam observadores. Não subestimem nada, mesmo que pareça distante da realidade de heróis como vocês conhecem."

Os alunos estão curiosos e confusos. Ninguém sabia o que esperar, mas o ambiente moderno e bem equipado os fazia questionar o que estava acontecendo.

Mineta sussurrando para os amigos:
"Será que isso é tipo... sobre heróis mais antigos? Algo que aconteceu antes de tudo ser formalizado? Não parece com nada que já vimos antes."

Kaminari tentando se animar:
"Talvez a gente veja uma missão épica ou algo assim!"

O projetor se liga e as imagens começam a aparecer na tela. A primeira foto mostra várias pessoas em uma foto em grupo, sorrindo. São pessoas desconhecidas, mas que têm um semblante de experiência e compromisso.

Aizawa observando a foto, com uma leve pausa:
"Essa imagem provavelmente é de quando os heróis ainda não eram licenciados, uma época mais caótica. Não eram heróis do governo, mas eram pessoas que se uniram por um único propósito: proteger aqueles que não podiam se proteger. Eles agiam por conta própria, sem a regulamentação que temos hoje."

A imagem se dissolve, dando espaço para uma nova: um memorial grande, com diversas fotos penduradas na parede, algumas delas antigas e desgastadas. A legenda na parte superior da parede diz: "Nossos Heróis".

Todoroki pensativo, observando o memorial, sem olhar diretamente para os outros, mas com uma voz baixa e reflexiva disse:
"Eu acho que esse memorial, com tantas fotos... talvez tenha sido feito pelas pessoas que eles ajudaram. Talvez quem sobreviveu, quem foi salvo, queira manter a memória deles viva. Afinal, não se tinham muitos heróis sendo reconhecidos naquela época... a única forma de garantir que não fossem esquecidos seria por meio disso."

Os outros alunos começam a olhar uns para os outros, refletindo sobre o que Todoroki sugeriu. O silêncio na sala é quebrado por algumas opiniões e questionamentos.

Izuku (pensativo):
"Eu nunca imaginei que heróis antigos não fossem reconhecidos... Parece até que, por mais que os heróis façam o bem, nem sempre a sociedade vê o valor no que eles fazem."

Kaminari curioso, olhando para as imagens questiona:
"Então você acha que essas pessoas, que nem sabemos quem são, só fizeram o que achavam certo e depois desapareceram? Sem sequer ser lembrados?"

Mineta assustado com a ideia de morrer e ninguém lembrar dele diz:
"Eu não sei se conseguiria fazer algo sem ser reconhecido... se eu fosse um herói, queria ao menos saber que as pessoas sabem o que eu fiz."

Os alunos discutem entre si, com alguns começando a perceber o peso das palavras de Todoroki. A conversa se desvia para uma reflexão sobre a verdadeira motivação para ser herói, sem o glamour ou a fama que muitos, como eles, associam à profissão.

Aizawa quase em um sussurro, enquanto observa o impacto nas discussões dos alunos:
"Exatamente. Não se trata de reconhecimento, mas de fazer a diferença. De fato, esses heróis podem ser os exemplos de que nem tudo na vida é oque se vê. Lembrem-se disso."