Algemado

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- Ei, cabeça de tomate! - chamou Bakugou, deitado na cama, enquanto dava um leve chute na cabeça de Kirishima, que estava sentado aos pés do colchão.

- Aaaah, bro! A gente já namora há um ano e você continua sendo agressivo! Como isso é possível?! - reclamou Kirishima, massageando o local atingido com uma expressão indignada.

Uma risada abafada escapou de Bakugou, carregada com aquele toque típico de diversão maldosa que só ele tinha.

- Relaxa, rainha do drama - provocou, sentando-se na cama antes de abrir um sorriso cheio de segundas intenções. - Quero te mostrar meu brinquedinho novo.

Sem dar tempo para Kirishima responder, Bakugou deslizou para fora da cama e se agachou, puxando uma caixa misteriosa debaixo do móvel. O som abafado do atrito entre a caixa e o chão preencheu o quarto, enquanto Kirishima observava curioso, mas com um traço de hesitação no olhar.

- O que tem aí? - perguntou, arqueando uma sobrancelha, tentando decidir se devia estar animado ou preocupado com o que estava por vir.

- Quer mesmo saber? - perguntou Bakugou, com aquela risada maldosa que fez o ruivo se arrepiar dos pés à cabeça.

Kirishima engoliu em seco, sentindo uma mistura de curiosidade e medo.

- Relaxa! Não se preocupe tanto. Já vou te mostrar, mas antes preciso que você feche os olhos rapidinho... - disse Bakugou, com um tom de voz que não ajudava nem um pouco a acalmar o outro.

Mesmo relutante, Kirishima suspirou e fechou os olhos, convencido de que não adiantaria discutir com o loiro. Ele esperou em silêncio, o coração batendo um pouco mais rápido que o normal, quando de repente sentiu Bakugou se aproximar.

O loiro começou a passar algo macio em torno de sua cabeça. Antes que pudesse reagir, sentiu a faixa sendo amarrada firmemente sobre seus olhos.

- O que você tá fazendo?! - perguntou Kirishima, assustado, tentando abrir os olhos apenas para perceber que não conseguia enxergar nada por conta da venda.

- Calma aí, cabeça de tomate. Você confia em mim, não confia? - disse Bakugou com um sorriso de canto, enquanto terminava de ajustar a faixa.

Kirishima bufou, mas ficou quieto. Sabia que confiar em Bakugou era sempre um risco, mas, de alguma forma, ele nunca conseguia dizer "não" para o loiro.

Antes mesmo que pudesse se preocupar completamente com a falta de visão, Kirishima sentiu algo envolvendo seus pulsos. As mãos foram imobilizadas, e a sensação de restrição começou a tomar conta dele.

- O que você tá fazendo, Bakugou?! - perguntou, a voz carregada de nervosismo, enquanto tentava entender o que estava acontecendo.

Bakugou, no entanto, não parecia minimamente abalado pelas perguntas do ruivo. Ele se inclinou levemente, aproximando os lábios do ouvido de Kirishima, e respondeu com um tom baixo, rouco e cheio de intenção:

- Kiri, amor... eu vou te dar um presente. Ou será que você não gosta de surpresas? Se quiser, eu paro... - murmurou, deixando as palavras carregadas de provocação.

A proximidade, somada ao tom de voz e à situação inesperada, fez Kirishima se arrepiar da cabeça aos pés. Ele sentiu o rosto queimar, mas as palavras escaparam de sua boca quase sem pensar:

- Não... não para... por favor... continua.

Bakugou abriu um sorriso satisfeito ao ouvir a súplica, dando um passo adiante para continuar sua pequena "brincadeira", enquanto o coração de Kirishima acelerava ainda mais.

- Por favor, você pode ir um pouco para trás, Eijiro? - pediu o loiro, com a voz carregada de intenção.

Ao ouvir seu nome dito de forma tão direta, Kirishima sentiu o rosto esquentar instantaneamente, assumindo um tom vermelho como um tomate. Seus nervos estavam à flor da pele, e o desconforto de sua reação física era inegável, embora ele tentasse disfarçar.

Um Masoquista manhoso (Kiribaku-Hot)Onde histórias criam vida. Descubra agora