DUSK TILL DAWN, alec volturi

》𝐄𝐓𝐄𝐑𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐔𝐒𝐊《

•─────⋅☾ ☽⋅─────•

1694, Escócia.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

[Metas: 30 comentários e 50 curtidas para o próximo capítulo]

NA ESCURIDÃO, Anneliese sentiu a sensação familiar de estar rodeada de água. Era incrível pensar que algo vital para a sobrevivência estava tirando sua vida naquele momento.

Seus pulmões lutaram para encontrar o oxigênio tão necessário que lhe permitia viver. Ela respirou fundo enquanto seu corpo era levantado à superfície, apenas para ser submerso de volta na água.

Sua vida deixou de ser perfeita, ou na medida do possível, para ser acusada de algo completamente errado, do qual ela não tinha conhecimento ou controle.

A caça às bruxas que ocorreu há algum tempo espalhou o terror da bruxaria, embora tal ato tenha sido perpetuado por milhares de anos.

Mas foi só quando viajantes de outras partes do mundo chegaram à sua casa, se é que ainda podiam chamar assim, que as pessoas começaram a ficar cegas pelo medo. As histórias dos julgamentos de Salem criaram, sem dúvida, cenários em que os habitantes da cidade eram mais suscetíveis ao pânico de serem controlados e prejudicados pelas bruxas.

Ela não sabia quais de suas atitudes causavam pânico nas pessoas, passando de pequena Anneliese a ser vista como praticante de bruxaria. E ter seu irmão de sangue alimentando os rumores não ajudou em nada a situação.

Ela sentiu a cabeça e as pálpebras ficando cada vez mais pesadas; Seu peito começava a doer e só sabia o que isso significava: a vida escapava lentamente de seu corpo.

Só quando sentiu que a pessoa que a segurava debaixo d'água parou de exercer força sobre ela é que percebeu que sua vida estava à beira do abismo.

Suas pálpebras fecharam lentamente e ela parou de lutar.

Ela sentiu alguém tirá-la da água e deitá-la, mas seus sentidos estavam fracos demais para permitir que ela analisasse o que estava acontecendo ao seu redor.

A única coisa que ouvia eram os gritos distantes de pessoas que não conseguia identificar, e não se sentia capaz de fazê-lo devido à sua situação.

Só quando sentiu algo cravando-se em seu pescoço é que ela abriu os olhos completamente e um grito veio do fundo de sua garganta, dando lugar a uma das dores mais fortes que sentiu em toda a sua vida.

•─────⋅☾ ☽⋅─────•

O vento soprava em seu rosto em direção ao oeste. À distância e escondida nas sombras, ela observou o lugar que ela chamava de lar ser consumido principalmente por cinzas e detritos.

Seus arredores estavam quase vazios do que antes era um lindo jardim cheio de vida.

Sua expressão permaneceu tensa durante todo o tempo em que ela assistiu à distância.

Vendo como alguns aldeões chegavam a deixar oferendas em nome da família falecida, chorando pela desgraça que se abateu sobre aquela casa.

E ela sabia o que se passava em suas mentes.

Todos eles tiveram o mesmo pensamento.

— Ela fez isso.

E talvez eles não estivessem tão errados, talvez tivessem alguma verdade em culpá-la por algo em que ela não acreditava na época.

Mas ver-se agora, viva ou algo semelhante, depois de ter dançado com a morte e largado-a abruptamente, deixou tudo claro para ela.

Se ela fez algo em sua vida mortal que causou todos aqueles infortúnios ao seu redor, certamente foi o destino que se tornou o que é agora.

Ela se virou, deixando aquele lugar que chamou de lar por 16 anos.

Quando a pele dela captou a fraca luz do entardecer, ela brilhou como se fosse um diamante, e viu a cor carmesim de seus olhos no reflexo da água.

Sem dar uma última olhada na pilha de corpos que jazia atrás dela, que agora começavam a queimar e estavam cobertos pela escuridão, ela partiu sem rumo em direção ao que esse estágio de imortalidade lhe reservava.