Através do tempo

Capítulo 1

O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que tem medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam;mas, para os que amam, o tempo é eterno.

-Henry van dyke

2020, ano em que muita coisa havia acontecido, algumas boas e outras não. O ano estava acabando, era 31 de dezembro, e algumas famílias se reuniam em suas casas para comemorar o ano novo, enquanto outras iam para a rua para comemorar.

A noite estava estrelada e a lua cheia brilhava no céu. Os sorrisos estavam presentes nos rostos das pessoas que aguardavam a contagem regressiva para a chegada de um novo ano. Pouco antes da meia-noite, começa a contagem regressiva. As pessoas aguardavam ansiosamente o início dos fogos.

À meia-noite, o céu se ilumina com fogos de artifício.Os fogos de artifício estouraram coloridos no céu e os gritos foram ouvidos assim que um novo ano chegou.Durante e após os fogos, as pessoas trocam saudações de Ano Novo, desejando felicidade e sucesso para o ano que se inicia. As famílias dessas pessoas se abraçam desejando felicidades e prosperidade umas às outras.

Em uma casa de campo,no interior de Daegu, na Coreia do Sul, uma família com descendência japonesa estava reunida, comemorando o novo ano, reunidos no Jardim de uma bela casa com arquitetura tradicional.

— Feliz ano novo a todos! — disse uma mulher de 40 anos, sorrindo. Ela vestia um vestido de mangas curtas branco com detalhes delicados de renda com seu cumprimento até os joelhos e saltos plataforma baixos brancos. Em seu rosto, uma maquiagem suave destaca sua beleza. Seus cabelos castanhos soltos em ondas moldavam seu rosto, e seus olhos castanhos brilhavam de felicidade.

Pela manhã, a família reunida havia preparado a casa para o ano novo. Limparam a casa e a decoraram com decoração típica de sua terra natal. As mulheres prepararam pratos típicos japoneses, e alguns pratos da cultura coreana; cada prato com um significado especial: longevidade, fertilidade e para uma visão mais clara do futuro.

Havia também, arranjos de bambu e Pinheiro decorando o exterior da casa, que simboliza prosperidade e longevidade e na porta de entrada uma corda de palha sagrada, para afastar os maus espíritos. Todos da residência ajudaram na faxina, conhecida como Oosouji. Varreram e limparam cada canto da casa bem aquecida para o inverno, antes de decorar, entre risos e brincando enquanto trabalhavam.

À noite, a família se reuniu para a ceia na sala de jantar da casa em volta da mesa. Eles se sentam ao redor da mesa, decorada com pratos de osechi ryori e tigelas de sopa de mochi, chamada ozoni. Antes de comerem, fizeram uma reverência e agradeceram pelo ano que passou.

— Feliz ano novo, tia Selena — disse uma jovem chamada Mi-hi, de longos cabelos pretos, rosto delicado e sorriso gentil nos lábios. Ela vestia um macacão azul claro de manga longa com zíper frontal e capuz e tênis brancos. Como acessórios, um colar de pérolas assim como os brincos, e em seu rosto, uma maquiagem suave apenas para realçar sua beleza.

— Que este ano novo seja próspero para todos — disse um homem de 43 anos, chamado Tomoe, com um sorriso gentil ao olhar para sua família, ao lado de sua esposa Selene, erguendo a taça de champanhe seguido pelos demais familiares presentes.

Ele vestia uma calça de pano grosso na cor branca, uma camisa de mangas longas de algodão com botões na cor azul e uma pantufa branca com forro nos pés. Como acessórios, um colar de lua e um relógio no pulso direito. Seus traços são marcantes com seu rosto em formato oval e maxilar bem definido. Seus olhos ônix brilhavam enquanto as cores dos fogos estouraram no céu.

Uma senhorinha coreana com descendência brasileira sorria, abraçada ao seu marido japonês, admirando a bela família que construíram, feliz e unida. A família havia realizado mais cedo uma cerimônia chamada "charye," onde oferecem alimentos e bebidas aos espíritos dos ancestrais como uma forma de mostrar respeito e buscar bênçãos para o ano novo.