'música.

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𝘌𝘥𝘶𝘢𝘳𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘪𝘯𝘵 𝘷𝘪𝘦𝘸.

𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐀𝐌𝐎𝐒 tarde pra caralho, olhei no relógio da parede e já era 17:31hrs.

reparo que Apollo já não está mais do meu lado e vou até o banheiro fazendo minhas higienes matinais e logo saio procurando o Apollo.

— tico? — falo um pouco alto e escuto ele responder da varanda

Vou até lá e vejo ele soltando a fumaça do beck que estava em seus dedos.

— tá tudo bem? — pergunto e ele olha pra mim assentindo com a cabeça

— eu sei que não tá. — falo e ele me olha levando o beck até sua boca soltando a fumaça logo em seguida

— só tô pensativo sobre ontem. — ele disse

— eu te entendo. — falo agachando na frente dele

— sabe, eu não conhecia esse lado dela. Ela é maluca demais e eu entendo se você quiser terminar pra se proteger..— ele começa a falar e eu interrompo ele

— tá doido? Apollo, a gente tá junto, esqueceu? — sento no colo dele e seguro seu rosto com as mãos

— mas, isso pode respingar em ti. — ele fala baixo

— que respingue! Amor, aonde o seu pingar, o meu vai jorrar. Eu não vou desistir de você por causa dela, a gente tá junto nessa. — eu falo e ele me beija

— te amo, tica. — ele fala e eu rio

— esse apelido é meu. — cruzo os braços

— agora é nosso. — ele fala escondendo seu rosto em meu pescoço

ficamos um tempo em silêncio e eu me lembro de uma coisa que fiz.

— amor, eu fiz um negócio pra ti. — falo e ele me olha

— o que? — ele pergunta curioso

— vou te mostrar. — levanto e vou até o quarto

Pego meu violão e procuro na minha caixinha uma folha e logo acho.

Esse é o auge da minha breguice, nunca tinha feito uma música pra ninguém e fiz uma pro Apollo.

Rio comigo mesma e volto pra varanda sentando de frente pro Apollo no sofá que tem em frente ao que ele estava sentado.

— não sei se ficou muito boa, mas, eu fiz meio que uma música pra você. — falo com vergonha vendo ele rir

— canta, pelo amor de Deus. — ele fala e eu abro a folha em minha perna logo começando a tocar a música

— Amor, quando o nosso vinho amargar ou perder o sabor
Quando a maquiagem borrar e as fotos perderam a cor
Tu ainda vai querer me aquecer quando não me restar nem calor?
E, quando cigarro apagar vai ter válido a pena as cinzas e o frescor? — começo a cantar e nem consigo olhar pra ele de tanta vergonha

— Quando a nossa música tocar, tu ainda vai lembrar do ritmo?
Quando o mundo me machucar tu ainda vai querer curar minha dor? — finalmente olho pra ele e nessa parte ele assente com um sorriso lindo no rosto —
Tua voz e tua respiração são meus sons preferidos mas, quando eu esquecer de viver seu olhar ainda vai me lembrar quem eu sou.

— Ainda vai querer acordar com meu toque e minha voz no ouvido?
Tua vida ainda vai ter sentido se a nossa for tudo o que te sobrou?
Quando chegar o cansaço meu abraço ainda vai ser teu abrigo
Mas, quando a vida acabar ainda vai querer ir pro mesmo lugar aonde eu vou.

— Ainda vai sorrir quando eu for teu único motivo?
Ainda vai ouvir o que eu digo mesmo quando eu só quiser falar de amor?
Ainda vai tentar me entender quando eu não fizer mais sentido?
E ficar comigo quando tiver visto o pior lado de quem eu sou. — termino de cantar e olho pro mesmo que está com uma lágrima escorrendo, mas, não para de sorrir

— tá chorando, tico? — falo largando o violão e abraçando o mesmo

— não sei como eu vivi tanto tempo, longe de você. — ele fala e eu sorrio

— as coisas aconteceram, quando tiveram que acontecer. — falo

— você sabe que a gente ainda vai casar, né? A gente vai casar e ter a nossa filha. — ele fala me fazendo rir

— filha? — pergunto

— sim, nossa Hellena. — ele fala

— imagina, Hellena Campos Yoneyama. — falo

— nossa vida, vamo fazer um filho. — ele diz e eu olho pra ele

— Quem sabe daqui a uns anos. 

𝗌𝖾𝗋𝖺 𝗊𝗎𝖾 𝗏𝖾𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝗆𝗂𝗇𝗂 𝖺𝗉𝗈𝗅𝗅𝗈 𝗉𝗈𝗋 𝖺𝗂?? 🤫🤫🤫🤫

𝘔𝘢𝘬𝘵𝘶𝘣; Onde histórias criam vida. Descubra agora