Menina Má - Wagner Moura

Angel 𐦍

oie gente, vamos iniciar mais uma fic?

leiam com atenção.

𝒜𝓃𝑔ℯ𝓁

Wagner se olhava pelo espelho do banheiro, ele acabara de jogar um pouco de água gelada em seu rosto, a fim de esquecer a briga com sua mulher, Sandra. Mais uma vez a confusão se formou por ciúmes, sua esposa era uma pessoa complicada, não gostava de ser contrariada, se ela disse que sim, acabou.

-Toda vez isso, Wagner. Eu estou cansada!- Sandra encarou o rosto do marido enquanto estava em pé na porta.

-Só você?- Ele resmungou audível.

Ela suspirou fundo e abaixou a cabeça.

-Acho que você deveria aceitar o trabalho que César te ofereceu, vai ser bom ficarmos separados por um tempo.- A mulher falou e limpou rapidamente as lágrimas que caíam de seus olhos.

Wagner concordou calado e saiu do banheiro deixando a mulher que um dia amou perdidamente. Caminhou devagar até o quarto do filho que dormia calmamente, sentou na cama e acariciou os cabelos ondulados do menino, beijou sua testa e se foi pegando a carteira, celular e as chaves do carro.

Ele entrou no carro, deixou a porta aberta  e logo sacou o maço de cigarro do bolso, acendeu e tragou encostando a cabeça no apoio do carro, respirou fundo e logo ligou o celular entrando na conversa que tinha com seu amigo César.

“Eae Wagner, cara, eu tô com um projeto de curta-metragem lá pro Recife, tu sabe, meu coração é nordestino. Seria algo de época e lá tem um cara que eu conheço que tem carros antigo, foda pra porra! Tô te chamando pra ser um dos diretores comigo, seria 8 meses em Pernambuco, vê e me diz qualquer coisa, forte abraço.”

O seu corpo relaxou e logo seus dedos digitam.

“Quando vamos?”

Seu amigo não demorou.

“Tu é foda, cara. Vamos segunda que vem, pede pra patroa aí e Recife vai ser pequeno pra nós dois.”

Wagner dormiu no carro, acordou com o corpo dolorido e voltou pra dentro de casa. Era cedo, sua esposa tomava café da manhã com Lucca, esse que estava animado e contando sobre alguma menina que se interessou, quando ele viu o pai o sorriso se abriu mais ainda, ele era muito apegado e isso deixava o homem entre a cruz e a espada.

-Pai! Não dormiu em casa?

Wagner encarou a mulher e sorriu no mínimo.

-Fui resolver um trabalho pela manhã, Recife é o novo destino…

Os olhos de Lucca brilharam.

-Eu quero ir, pai!

Sandra logo cortou a animação do filho.

-Você tem escola e curso, Lucca, fora de cogitação.

Wagner concordou e a mulher se retirou.

-Faz quanto tempo que você e a mamãe não transam? Ela tá chata.- Lucca perguntou brincalhão.

-Sua mãe eu não sei, só sei que eu faz mais de um ano.- Wagner não confiava tanto assim nas saidinhas da noite que sua mulher ia afirmando ser com amigas, mas Sandra não era de ter amigas.- Já tô cansado disso.