One Shots - Pequenas Histórias De Gabrilar

Febre

Oii gente! Vocês gostaram e eu voltei, então agora vocês poderão encontrar por aqui alguns contos ou pequenas histórias de Gabrilar sempre que eu estiver inspirada.

Recadinho antes da próxima história:

Usei os personagens que a gente conhece, mas alterei totalmente algumas relações ou funções. Dito isso, boa leitura, espero que gostem!

Pilar

A chuva caía de maneira insistente lá fora e a testa da minha filha ficava cada vez mais quente.

— Eu quero o papai — Anna pediu mais uma vez com uma voz manhosa enquanto eu acariciava seu cabelo e torcia para o remédio fazer efeito logo.

— Vou ligar pra ele, tá bom? Enquanto isso você descansa — Falei acomodando ela melhor no sofá cama da sala e levantei devagar para buscar meu celular.

Rolei o dedo pela tela até encontrar o contato de Gabriel que atendeu a chamada no segundo toque.

— Oi Pilar, tá tudo bem? — Perguntou do outro lado da linha.

— Gabriel… eu sei que tá chovendo, mas a Anna está com febre e chamou por você, pode vir até aqui? — Pedi sem esconder a minha preocupação.

— Chego em cinco minutos! Vai ficar tudo bem, nossa pequena é forte — Ele tentou  me acalmar, mas sabia que estava tão preocupado quanto eu, Anna era a princesinha do papai.

— Estamos te esperando — Indaguei antes de desligar.

Eu e Gabriel estávamos separados havia pouco mais de um ano, mas não tinha absolutamente nada que ele não fizesse pela nossa filha, dito isso, meu ex-marido tocou a campainha pouquíssimo tempo depois da ligação.

— Oi, cadê ela? — O professor questionou ansioso e eu apontei para o sofá, onde Anna agora dormia.

— Eu já dei remédio para febre e deve melhorar logo, mas ela insistiu em te ver.

— Não precisa explicar, eu conheço a cria que coloquei no mundo, tem o gênio da mãe — O moreno brincou me arrancando um pequeno sorriso.

Ficamos em silêncio por alguns instantes até Gabriel chegar a uma conclusão e dizer:

— Você não come nada há horas, eu aposto.

— Fiquei nervosa aí nem lembrei de comer, fiz só uma sopa para a Anna, mas ela quase não comeu também — Expliquei soltando um longo suspiro.

— Pilar, vai tomar um banho e relaxar um pouco, eu cuido do resto — Seu tom não dava margem para recusas.

— Obrigada — Agradeci me virando para andar até o banheiro.

Quando retornei à sala com os cabelos ainda molhados e um pijama que combinava com o da minha filha, ela estava acordada e agarrada ao pescoço do pai, me aproximei lentamente e os olhos de Gabriel me capturaram.

— A febre baixou, mas ela ainda tá dengosa. Pedi aquele macarrão que você gosta, está na cozinha.

— Nossa muito obrigada, não precisava! Vou fazer meu prato, você quer também?