Capítulo 2: A Bruxaria Improvisada

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O Festival das Bruxas era um dos eventos mais aguardados do ano em Montalegre. Todos os turistas apareciam para beber queimada e ouvir histórias assustadoras. Salomé, Joana e Maria decidiram que iam infiltrar-se no evento... mas não apenas como espectadoras. Não, iam ser as bruxas principais.

Depois de uma semana a ver tutoriais de maquilhagem gótica no YouTube e a roubar roupa velha dos armários das avós, o trio estava irreconhecível. Salomé parecia saída de um filme de terror, com um vestido preto rasgado e uma maquilhagem de olhos vermelhos. Joana usava uma capa que tinha feito de um cobertor e segurava um cajado que era, na verdade, uma vassoura partida. Maria, com uma criatividade de última hora, trouxe uma gaiola velha com um “corvo” de plástico lá dentro.

O plano? Entrar no palco principal e convencer a multidão de que eram as novas bruxas convidadas.

A noite chegou. No meio da confusão do festival, ninguém lhes perguntou nada. Elas conseguiram passar pelos seguranças ao dizer que eram "as sobrinhas da Dona Alzira", uma conhecida contadora de histórias. Quando subiram ao palco, o verdadeiro show começou.

Salomé começou a recitar um feitiço inventado, misturando latim falso com palavras que soavam a uma receita de bolo:
— Ignis, tenebris, ovos moles e farinha! Levanta-te, ó espírito da sardinha!

A multidão estava hipnotizada... até que o fumo da queimada ativou o alarme de incêndio. Os bombeiros entraram em cena, e a confusão instalou-se.

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