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Gabriel estava sentado no sofá de seu apartamento, mexendo no celular, mas sem prestar muita atenção no que via. Tinha chamado Matheus com uma desculpa qualquer — "a gente precisa conversar" — e agora estava arrependido. O que ele ia dizer? Não ia admitir que estava com saudade. Nem morto. Só que, bem… Matheus tinha sido o primeiro. E o menor ainda não tinha tirado aquele maldito moreno gostoso da cabeça.
A campainha tocou. Ele levantou no impulso e respirou fundo antes de abrir a porta. Lá estava Matheus, alto demais para o batente, com aquele sorriso de canto que irritava Gabriel mais do que deveria.
— E aí, baixinho, já tava com saudade? — Matheus entrou sem ser convidado, como se fosse dono do lugar, e largou a mochila no chão.
— Saudade de quê, moleque? Tá se achando, né? — Gabriel bateu a porta com mais força do que precisava.
Matheus se jogou no sofá, esticando as pernas longas como se quisesse ocupar o espaço inteiro. Ele olhou pra Gabriel de cima a baixo e deu aquele sorriso provocador.
— Ué, você que chamou. Pensei que queria repetir a dose.
Gabriel revirou os olhos, cruzando os braços em seu peito. O sangue subiu pro rosto, mas ele fingiu que era por raiva.
— Tá chapado, idiota. Só te chamei pra resolver umas paradas.
— Ah, "resolver umas paradas" — Matheus fez aspas no ar. — Gabriel, tu é muito ruim de mentira, sabia? Tava escrito na tua mensagem. "Vem aqui". Só faltou botar um coraçãozinho.
— Cala a boca, Matheus. — Gabriel se aproximou, sem encarar direito, e sentou na ponta do sofá. — Cê vai ficar aí falando besteira ou vai me ouvir?