EMMA FLETCHER
Um silêncio amedrontador enchia o ambiente. A casa estava vazia exceto por mim, que tinha acabado de chegar. Eu não estava enxergando nada, nem um mísero ponto de luz. Meu irmão Aleksandr, tinha acabado de se mudar. Ele e os amigos Dylan e Joseph compraram uma mansão em Nova York e se mudaram. Ele teve a capacidade de me largar sozinha nessa casa enorme.
Caminho até o interruptor e acendo a luz principal. Eu estava me sentindo num filme de terror. Que tipo de idiota fica numa mansão enorme sozinha, onde a civilização mais próxima é a trinta minutos de carro? Eu sou essa idiota. Eu deveria vender essa casa e comprar um apartamento perto do meu irmão. Mas eu tenho coisas demais para um apartamento, e eu nunca abriria mão de meus carros.
Subo as escadas para meu quarto deixando todas as luzes do andar de baixo acesas. Não sou burra o suficiente para ficar no escuro. Desde meus quinze anos, somos só eu e meu irmão. E agora que ele se mudou, somente eu nessa enorme casa cheia de traumas. Eu realmente preciso me mudar daqui.
Abro a porta do meu quarto e jogo as minhas coisas em cima da cama, e indo em direção ao banheiro. A água quente do chuveiro cai sobre meu corpo, posso sentir toda a tensão indo embora.
Desligo a água me enrolando na toalha e caminhando até o closet à procura de um pijama confortável. Visto um babydoll preto e calço minhas pantufas. Pego meu celular e entro no aplicativo procurando alguma coisa pra comer.
Peço um subway vegetariano e um suco de maracujá. Ligo a televisão e me deitei na cama procurando algum filme. Coloco o clássico Meninas Malvadas.
Depois de alguns minutos escuto uma buzina vindo lá de fora, e então desço para pegar meu pedido. Assim que abro a porta da frente não vejo ninguém. Saio um pouco para fora pra ver se a pessoa não estava escondida e a única coisa que vejo é um carro preto parado na esquina. Entro novamente para dentro e tranco a porta.
— Puta merda — acho que todo ser humano sabe que isso não é um bom sinal.
Corro para a porta dos fundos e a tranco também. Essas são as únicas entradas para casa. Quando me viro vejo um vulto preto passando, e é lógico que eu não vou atrás. Subo as escadas correndo e me tranco no quarto.
Pego meu celular e ligo para a polícia o mais rápido possível. Não demora um minuto e eles atendem. Explico o mais breve possível e passo meu endereço para eles encerrando a ligação. Resolvo ficar trancada no quarto até a polícia chegar.
Os minutos se passam e eu não escuto nenhum movimento. Já tinham se passado uns cinquenta minutos e ninguém chegava. O medo era gritante. Me levanto da cama e destranco a porta com cuidado. Em passos leves saio pelo corredor e começo a descer as escadas.
— Se eu sair viva daqui, prometo mudar de casa — murmuro para mim mesma.
Chego no andar de baixo e caminho até a cozinha. Abro a gaveta de facas pegando a mais afiada. Sinto uma presença atrás de mim, que faz eu me virar rapidamente com a faca na mão. Não tem ninguém.
Um pano é colocado tampando minha boca e nariz. Um cheiro forte de produtos químicos entrando nas minhas narinas. Me fazendo perder as forças, luto para tirar o pano do meu rosto, o que é em vão, seja quem for é bem mais forte que eu.
[...]
Meus olhos se abrem lentamente e vejo meu irmão de costas conversando com dois homens altos e musculosos. Tento me levantar, mas é em vão. Ele se vira e caminha até mim.
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𝐀𝐌𝐀𝐑 𝐎 𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐆𝐎
RomanceEmma Fletcher, marcada por um passado sombrio, busca refúgio em uma pequena cidade litorânea, ansiando por paz e um novo começo. No entanto, seus planos são abalados quando cruza o caminho de Kaiden Miller, um homem enigmático e intensamente atraent...