02. Irmãos, areia e brigas.

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𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀 𝐀𝐓𝐄𝐀𝐑𝐀

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𝐄𝐋𝐄𝐍𝐀 𝐀𝐓𝐄𝐀𝐑𝐀

Expectativas e realidades, um grande paradoxo, e infelizmente coisas completamente diferentes. Eu estava convicta da minha coragem mas nada poderia me preparar para quando eu encontrasse ele, nada. Travei ao vê-lo, mais uma vez a realidade riu na minha cara e eu paralisei. Meu irmão, o mesmo, mas tão diferente, crescido, musculoso e com uma aura um tanto...soberba? Ah eu estava prontíssima para desistir de viver ali mesmo, será que os meus ancestrais não entenderam que eu tenho dificuldade de aceitar mudanças? Eu as odeio.

De longe, ele parecia outra pessoa, com uma cambada de meninos da reserva, que demorou um tempo para reconhecer, mas ali estavam: Jacob, com quase 3 metros, Embry, estranhamente convencido e brincalhão, entre outros que eu reconheci somente pelo rosto, porque ao resto eu estava convencida que todos usaram esteroides e bombas de crescimento ilegais, não havia outra explicação. Senti meu coração apertar, minhas pernas viraram gelatina e eu não conseguia sair do lugar. Todos ali à frente, conversando próximos à entrada da floresta na First Beach, pareciam consumidos numa bolha de conforto e diversão, qualquer um podia perceber.

Eu andei tanto até chegar ali, vasculhei toda reserva só para ficar parada na frente do meu alvo? Eu tinha que sair desse transe, confrontar ele, abraçar ele, o que seja, mas meu corpo estava brigando com minha mente, recusando-se a atender a qualquer pedido de movimento. Que irônico, não? Elena Ateara a corajosa era realmente uma marica, da espécie mais marica possível. Entretanto, o "homem", que eu reconheci como o Sam Uley, cruzou o olhar severo dele com o meu por alguns segundos, tão rápidos mas tão perfeitos para me encorajar e incendiar meu coração de indignação novamente. Eu, por algum motivo, direcionei e culpei o afastamento do meu irmão a ele e agora não consigo não sentir repulsa só de pensar nele.

Caminhei com passos fortes, sentindo a areia bater nas minhas pernas pela intensidade que eu fazia. Vi os rostos dos garotos se virando quase que imediatamente para minha figura, nada grande, mas assustadoramente determinada. O choque no rosto de Quill doeu um pouco, eu sinceramente esperava um vestígio de algum outro sentimento, talvez saudades. Os outros garotos encaravam confusos e um deles parecia ansiar por algum caos com o olhar arisco que tinha, mas eu não foquei em nada disso, nem sequer olhei nos olhos de nenhum outro, apenas em fitei Quil, com um olhar mortal. Parei na frente dele, que estava em transe, e irritantemente sem palavras.

- O que você está fazendo aqui, Elena? - Quil finalmente quebrou o silêncio, sua voz profunda e inconfundível, mas havia uma frieza que não combinava com o irmão que eu conhecia. Ele parecia mais um estranho do que um familiar, e essa percepção me fez sentir como se uma faca estivesse se enterrando em meu peito.

- O que eu estou fazendo aqui? - minha voz saiu mais alta do que eu pretendia, cheia de indignação. - Você desapareceu! Não me respondeu mais! - Cada palavra que saia da minha boca parecia uma explosão, uma tentativa de recuperar o espaço que ele costumava ter na minha vida. - E sabe o melhor, nem sequer parece feliz em me ver Quil...o que foi? Estraguei o momentinhos com os amiguinhos?

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⏰ Última atualização: Dec 07, 2024 ⏰

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