I Promise To Hate You-VH

Whose Positive?

Lexie Holder

Já faz três dias que mal saio desse quarto, não por falta de vontade, mas por evitar Hacker e qualquer tipo de situação na qual eu possa vê-lo. Não que eu também tenha algo para fazer fora daqui, já que nem meus cassinos posso administrar mais. Na noite de todo o acontecido com Âmbar e Hacker o garoto veio até aqui, escutei sua voz e saí do meu quarto para verificar se era ele mesmo, mas o vi subindo as escadas em direção ao meu quarto, então fui mais rápida e me escondi no quarto de Tayler. A última coisa que eu precisava era uma discussão no final daquele dia horrível. Me lembro de Tayler dizer que Adam voltaria somente na semana que vem, então junto o meu tédio dentro dessa casa com o fato de que não irei ver o infeliz do meu pai no escritório e decido me arrumar pra ir até lá.

Lembro-me que não dei uma explicação à Renata e nem sei qual é a situação dela após a minha saída, a reação de Adam foi muito estranha ao encontrá-la e duvido que ele tivesse um pingo de empatia em deixar a minha secretária trabalhando lá após a minha saída.
Tomo um banho e visto uma calça branca com um cinto preto Lemancci e uma blusa Ralph Lauren também branca. Calço um sapato preto básico e penteio meus cabelos.

Saio de casa tomando o cuidado de não passar por um caminho onde incluía meu apartamento ou a casa de Nai, por mais que tenhamos nos aproximado ultimamente ela é amiga do Hacker há anos, e minha há semanas, então sei que ela avisaria o garoto onde eu estivesse para que ele possa me ver. Uma hora terei de encarar Hacker e ouvi-lo, mas já se passaram três dias, não me sinto pronta e ele também não me procurou mais, portanto fico entre duas opções: ele apenas está me dando o tempo que preciso ou o que eu vi em seu apartamento há três dias é mesmo tudo o que pareceu e ele só se sente aliviado por ter acabado. Meu coração torce para que a segunda opção esteja errada, mas minha cabeça ainda me pede para continuar afastada. Antes que eu encontre uma solução, chego ao escritório.

Saio do carro tomando o cuidado de entrar devagar para o caso de ser surpreendida com Adam lá, mesmo que Tayler tenha me afirmado que ele estava viajando, mas suspiro aliviada quando vejo o lugar vazio. Pego o elevador e vou até minha sala, mas me surpreendo ao ver Renata sentada na cadeira em frente à mesa, de costas para a porta e olhando a vista pela imensa janela de vidro atrás da mesma.

— Renata? – digo entrando e a garota se assusta, levantando-se rápido.

— Senhorita Lexie – ela diz sem graça — O que faz aqui? – ela pergunta se afastando da cadeira.

— Vim pegar algumas coisas que deixei aqui antes de Adam me tirar da administração e me certificar de que ele tenha pelo menos te dado a remuneração que tem direito, já que trabalhou algumas semanas aqui – respondo indo até a mesa e deixando minha bolsa lá — Mas vejo que ainda está aqui

— O senhor Adam não apareceu mais por aqui. Já fazem dias que ninguém vem aqui na verdade. Apenas um homem para dar o recado de que o senhor Holder cuidaria de mandar alguém para ficar em seu lugar por aqui, mas já fazem dias e nada – a garota explica — Não achei que fosse ético apenas me retirar do trabalho sem uma confirmação para isso – ela diz.

— Ele cuidou do seu primeiro pagamento? – pergunto me sentando — Já faz um mês que trabalha aqui

— Ainda não – Renata responde — E me desculpe se passei uma impressão errada quando a senhorita chegou e me viu aqui – ela diz baixo — Só queria ver o quanto deve ser incrível poder trabalhar com a vista dessa cidade tão maravilhosa – a garota encara a janela com um brilho nos olhos.

— Tudo bem – dou um pequeno sorriso — Eu também amava trabalhar – olho brevemente para a janela, sentindo meus olhos marejarem, mas antes disso me viro novamente — Cuidarei de seu primeiro salário, pelo menos. Não sei qual será a decisão de Adam em relação à você, se continuará ou não, mas não deixarei que saia de mãos vazias. Só preciso ir até o... – quando me levanto da cadeira e vou em direção ao cofre do outro lado da sala sinto minha cabeça tontear na metade do caminho e preciso me segurar na bancada que separava o pequeno bar no canto do escritório do resto do espaço.