Capítulo 4 - Kiara

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Olá, amores, cheguei com mais pra vocês. 

Acho que muitas estão percebendo que essa história do Dominick está muito mal contada... Mas até que ponto tudo é verdade ou mentira? Vamos ver como tudo vai se desenrolar, rsrs.

Beijos, lindonas e obrigada pelos comentários e estrelinhas, amo muito a opinião de vocês ;)

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Se os homens fossem constantes, seriam perfeitos"

- William Shakespeare

Olhei para minha imagem no espelho, enquanto ouvia Dallah bater palmas atrás de mim, pulando de alegria. Ainda estava tentando entende-la, apesar de ser um tanto confusa as vezes, ela me parecia ser uma boa mulher. Durante toda a tarde exibiu um sorriso animado e gentil, conversou comigo e esclareceu algumas coisas, me contou com mais detalhes sobre o meu acidente.

Percebi que era muito, muito diferente de Dominick e fiquei me perguntando o que ela seria dele. Irmã? Prima? Apesar de ser loira, não lembrava em nada o Rei frio que frequentou meu quarto pela manhã. Na verdade, ela era bem melhor do que ele.

— Você está linda! Deslumbrante!

Desviei meus pensamentos dela e voltei a focar em minha imagem no espelho. Devo confessar que me agradei com o que via. O vestido verde água que Dallah havia separado para mim era lindo e havia caído como uma luva, apesar de eu ter mais seios do que ela. Ele ia até a altura dos joelhos, era apertado com uma faixa de seda amarrada na cintura, mas se abria em uma saia que fluía leve em minhas pernas. Meus pés que estavam horrorosos quando acordei, agora estavam bem melhor depois de tê-los deixado de molho em água quente.

E, bem, mesmo eu falando que não, Dallah havia me obrigado a me sentar para que pudesse me maquiar. Gostei do batom rosado nos lábios e o blush que deixou meu rosto mais corado. Meus cabelos estavam soltos e o reflexo no espelho me mostrava que eu era uma mulher bonita. Reconhecer isso fez com que eu me sentisse melhor, já que não conseguia me lembrar de nada do meu passado.

— Pode falar, Kiara, eu arrasei, não é?

— Sim. Obrigada, Dallah.

— Não precisa agradecer, querida. Eu fico muito feliz em ajudar! — Sorriu, parando ao meu lado. — E então, está preparada para o jantar? Faltam poucos minutos.

— Para falar a verdade, não. — Confessei. — Nem sei o que esperar desse jantar. Pelo o que me contou, nunca participei de nada tão luxuoso. Sem contar que não estou nem um pouco interessada em dividir a mesa com o Rei.

— Não se preocupe com isso! Eu estarei sentada do seu lado e vou te auxiliar em tudo. Sobre Dominick, eu tenho certeza que ele será gentil. Como eu disse mais cedo, ele só estava nervoso, não sabia muito bem como agir, mas agora ele já deve estar melhor. — Falou, enlaçando o braço no meu. — Vamos descer?

Apenas assenti e me deixei levar. Saímos do meu quarto e passamos por um longo corredor com paredes pintadas em tons creme e dourado. Haviam quadros pendurados na parede, e percebi que um completava o outro, pois em cada um deles havia paisagens bonitas, com campos verdes e céus azuis, flores do campo e muitas árvores, que dava um certo ar acolhedor àquele corredor vazio e cheio de portas duplas de madeira maciça.

Descemos por uma escada longa de corrimão dourado e ouvi Dallah sussurrar em meu ouvido que era de ouro. Consegui segurar meu espanto ao pensar que aquele corrimão de ouro. De ouro! Mas então eu me lembrei que estava no palácio de Orleandy e, mesmo sem saber o real valor daquele país, era óbvio que o palácio não seria nada menos do que luxuoso.

A Paixão do Rei - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora