O céu estava nublado, e a chuva caía incessante, batendo contra as janelas com força. O frio era intenso, o tipo de dia que te faz querer ficar em casa, debaixo das cobertas, com uma xícara quente de chá. Eu estava sentada no sofá da sala, olhando pela janela, perdida nos meus pensamentos, quando a porta da frente se abriu com um estalo. Javon entrou, tirando rapidamente a capa de chuva e deixando a água escorrer pelo chão.
— Sn, precisamos conversar. — Sua voz soava grave, mas havia algo nela que eu não conseguia identificar.
Olhei para ele, confusa, e me levantei do sofá.
— O que aconteceu? — Perguntei, tentando entender o tom tenso na sua voz.
Ele caminhou até mim, dando um passo mais próximo, mas o espaço entre nós ainda parecia imenso. Seus olhos estavam intensos, quase furiosos, e eu não sabia o que havia provocado aquele comportamento.
— Você sempre faz isso! — Javon disse, com a voz abafada pela frustração. — Sempre se afasta quando mais preciso de você. Você fica tão fechada, me afastando, e depois reclama que está sozinha.
Eu senti um nó se formar na garganta, um misto de raiva e tristeza. Tentava entender o que ele estava dizendo, mas não conseguia encontrar as palavras certas.
— Não é isso, Javon. — Falei, mais calma, tentando me controlar. — Eu... eu só estava pensando. Esse tempo me deixa assim, introspectiva.
Mas ele não parecia entender. Em vez disso, se aproximou ainda mais, os olhos fixos nos meus, como se estivesse tentando ver através de mim.
— Não é só o tempo, Sn! Eu sei quando você está se afastando de mim, e você não faz ideia de como isso me afeta. Parece que você não se importa, e isso me dói.
As palavras dele cortaram como facas. Eu sabia que ele estava certo em algumas coisas, mas também sabia que não estava fazendo aquilo por mal. O silêncio pesado se instalou entre nós, e a chuva do lado de fora parecia acompanhar o clima tenso no ambiente.
Eu respirei fundo, tentando encontrar a calma que tanto precisava, e falei com uma voz baixa, mas firme.
— Eu não sei o que você quer que eu faça, Javon. Eu... eu também fico confusa, e não sei como lidar com isso. Não significa que eu não me importe. Significa que eu estou tentando encontrar uma forma de entender tudo o que está acontecendo entre nós.
Ele me olhou por um momento, o rosto suavizando. Finalmente, ele deu um passo para trás, os ombros relaxando um pouco, mas a tensão ainda pairava no ar.
— Eu só... eu só não quero perder você, Sn. Não sou bom com palavras, você sabe disso, mas você é tudo para mim.
Eu senti meu coração bater mais rápido, e, sem pensar, me aproximei dele, tocando seu braço de forma suave.
— Eu também não quero te perder, Javon. — Murmurei, sentindo a tristeza e a vulnerabilidade tomarem conta de mim.
A chuva lá fora continuava forte, mas, dentro de casa, algo parecia mudar, como se a tempestade estivesse finalmente acalmando. Javon olhou para mim, e, sem dizer mais nada, me abraçou, me apertando contra seu peito, como se quisesse garantir que nada nos separaria, não importando o quão difícil fosse. E, naquele momento, eu soube que, apesar das brigas e das dificuldades, estávamos juntos, enfrentando a tempestade, literalmente e metaforicamente.
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EU VOLTEI!
vocês estão bem ??
acabei perdendo a conta, me desculpem!
PODEM MANDAR IDEIAS
ESTAREI REALIZANDO TODAS!
Feliz natal! 💗
bjos da lau !
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