▪︎ Blood Sweat and Tears ▪︎

Caminho Bloqueado: O Grito da luta Pelo Despertar

Atrasei dois dias mas cheguei, acabei me embalando em algumas coisas aqui por isso esse atraso. Mas está aii

Boa leituuura 😵‍💫♥️

🏹🏹🏹

Correr. Era tudo o que eu sabia fazer. Ao meu redor, apenas árvores se erguiam como sombras entre a escuridão da noite, e o céu estava vazio, sem uma única estrela a brilhar. Uma garoa grossa e gelada caía, tornando o ambiente ainda mais opressivo. O frio penetrava meus ossos, e cada músculo do meu corpo tremia de exaustão. Eu estava encharcado, coberto de lama até os joelhos.

“Hoseok.”

A voz ecoou em meus ouvidos, e em um instante de distração, escorreguei e caí de joelhos no chão enlameado.

“Hoseok, acorda!”

Meu peito ardia como se um fogo interno estivesse consumindo-me. Em questão de segundos, uma dor lancinante rasgou minhas entranhas, como se algo sombrio estivesse me puxando para fora, querendo me despedaçar.

_ ACORDA!

Abrindo os olhos abruptamente, o suor escorria pelo meu rosto e minha respiração era ofegante. Sentei-me rapidamente e olhei para Min ao meu lado.

_ O-o que…?

_ Você estava tendo um pesadelo, “anjinho”?

_ Eu te acordei?_ perguntei, limpando o suor da testa com uma sensação de culpa.

_ Na verdade, pessoas como eu não conhecem o sono. Então não._ Ele me olhou com um brilho sugestivo nos olhos por um momento._ Talvez você precise de um consolo… não?

Levantou-se de repente e caminhou até a porta, fazendo um gesto com as mãos para que eu o seguisse antes de desaparecer pelo corredor.

Me levantando rápido para não o perder de vista, decidi segui-lo até a piscina nos fundos da casa. Lá, vi-o sentar-se à beira da água sombria. Somente então percebi que ele segurava uma garrafa de whisky e dois copos. Perguntei-me quando ele havia conseguido aquilo; não consegui desviar os olhos dele por um segundo.

_ Senta aí,_ ele indicou com a cabeça, já sentado na beira da piscina com as pernas cruzadas como um indiozinho._ Quer?

_ Valeu.

_ Sonhou com o que dessa vez?

_ Dessa vez?_ olhei-o assustado._ E-eu tive apenas um pesadelo, nada demais.

_ Quer me contar?

Eu o analiso por algum tempo, desvio meu olhar para a piscina azul, iluminada pela luz pálida da lua. Uma dúvida me consome: devo realmente conversar com ele?

_ Eu… _ solto o ar que havia prendido nos pulmões, minha voz hesitante. _ Tenho sonhado com a mesma coisa há dias, sempre no mesmo cenário, mas nunca consigo descobrir o desfecho do sonho.

_ Como é esse sonho? _ ele pergunta, com uma curiosidade quase insaciável.

_ Estou correndo sob uma chuva torrencial, sentindo o frio penetrar até os ossos, perdido em uma floresta impenetrável. Caio e, ao me levantar, sinto como se todo o meu corpo estivesse sendo consumido por chamas internas, como se alguém quisesse me despedaçar por dentro.

Um silêncio pesado se instala entre nós. Ouço o som de seus pés mergulhando na piscina, quebrando a quietude da noite.

_ E é doloroso? Você não sente mais nada além disso? _ ele indaga, sua voz soando quase melodiosa na escuridão.