Entre Cestas e Votos || Daerin

Fourteen

  Danielle segurou minhas mãos, senti meu corpo dar leves choques e uma vontade gigante de vomitar com esse toque repentino da Marsh, isso seria uma sensação boa ou ruim? Meu coração dispara...

— Haerin, eu amo você, não precisa se preocupar com isso, ok? — Ela segurou meu rosto, passando seu polegar por minha bochecha, tentando enxugar minhas lágrimas. — Essas coisas acontecem, você deve ter ficado muito mais confusa e triste do que eu, está tudo bem.

— Eu só queria que você soubesse o quanto eu te amo, e eu não quero te perder... — A abracei, sentindo o calor do seu corpo tocar ao meu, naquele quarto quente e abafado, minha respiração deve estar mais gelada que o ar lá dentro.

— E então? — Danielle perguntou, nos meus lábios, seria uma indireta, talvez?

  E eu a beijei, novamente, sentindo a melhor sensação da minha vida! sem culpa, sem remorso, sem estarmos confusas! Eu amo Danielle Marsh.

[...]

  Descemos pelas escadas, vendo a casa já mais vazia do que estava quando a festa começou, Danielle não soltava a minha mão de jeito algum, também não queria soltar a sua mão.

— Vocês estão aí, onde estavam? — Hanni apareceu de repente, me tirando um suspiro assustado.

— Estávamos conversando, por que?

— Hyein e Eunchae estão conversando lá fora, parece um assunto sério... — Hanni diz fazendo beiço de patinho.

  Logo me veio a cabeça uma conversa que tive com Eunchae um dia desses, mas não deve ser isso.

— Oi. — Eunchae passou pela porta, acompanhada de Hyein que ajeitava seu cabelo, sem trocar olhares com o grupo.

— O que rolou com vocês duas? — Minji perguntou, ganhando um tapa de Hanni indicando para ficar calada.

— Só estávamos conversando, apenas.

— Bom, eu e Dani temos que ir pra casa, Hanni você devia ir também, seus pais não vão gostar de te ver fora de casa quase 4 da manhã. — Ainda segurando a mão de Danielle, a puxei pra fora, pegando meu celular que havia apenas 2% de bateria. — Droga...

— Talvez eu tenha bateria no meu — Danielle pegou seu celular, que estava pior, estava desligado. — Também não tenho bateria, foi mal, Hae...

— Tudo bem, minha mãe deve estar assistindo um filme e comendo pipoca de chocolate uma hora dessas.

  Danielle parou de andar, e me encarou.

— Eu não posso ir pra casa. — Ela diz.

— Por que?

— Está muito tarde, se meu pai souber que eu estou fora de casa a essa hora, ele vai ficar muito bravo

— Dorme na minha casa, eu digo que fomos cedo pra minha casa e você dormiu lá

— Tem certeza?

— Tenho.

— Então vamos.