𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐑𝐄𝐍𝐓 ━ Tom K.

𝟎𝟎𝟖𝟓.

𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙.
𖦹 ⤸

A noite caía lá fora, enquanto eu e os meninos jogávamos o conhecido jogo "caiu perdeu".

─── A Diana está demorando, não acham? ─── a Suzanne perguntou, tentando tirar um bloco da torre

─── Liguei para ela nesse instante, porém, deu em caixa postal ─── suspirou o Bill, pousando os olhos em mim

─── Vou tentar ligar para ela. ─── No mesmo instante, o meu celular tocou, me fazendo pegar ele rapidamente. Era um número desconhecido.

─── Alô? Quem tá falando? ─── Perguntei,  ouvindo uma movimentação estranha do outro lado

─── Alô, boa noite, estamos falando do Hospital Gesundheit für alle. Bem, estamos com uma paciente com o Estado gravíssimo, chamada Diana Molina, queríamos confirmar se é o Tom Kaulitz, o noivo dela ─── Ouvi uma voz feminina no outro lado da linha. Meu coração parou por um momento, me fazendo arregalar os meus olhos

─── Alô? Está na linha? ─── A mulher perguntou outra vez, mas as palavras ficaram presas em minha garganta. Desliguei o telefone, pegando minhas chaves no carro e indo em direção à porta da mansão

Todos me seguiram até o carro, me perguntando "O que aconteceu?", porém, não tive coragem de responder. Naquele momento, eu só queria a minha mulher, o meu filho que estava dentro dela.

Entrei no carro como todos, colocando a chave na ignição e dirigindo feito um doido, em alta velocidade

─── Tom, fala o diabos aconteceu! Merda, tá me deixando nervoso ─── Disse o Bill ao meu lado

─── Quando chegarmos no hospital, você vai entender. ─── Finalizei, apertando o volante com forças

─── Hospital? A Diana já vai ter o bebê? Com 4 meses? ─── Georg perguntou, mas, ninguém fez questão de responder sua pergunta idiota

Estacionei em frente ao Hospital, saindo do carro e me dirigindo até a entrada. Eu estava louco, desesperado pra saber a verdade, como a minha mulher está.

─── Informações sobre a Diana Molina, por favor. ─── Esbarrei em todos na recepção, olhando para a mulher que me olhava com cansaço

─── Não temos muitas informações, apenas que ela está inconsciente. Por favor, espere na sala de espera. ─── Suspirei pesadamente, ouvindo as palavras da recepcionista

─── Porra! ─── Insultei, sentindo o nervosismo subir pelas minhas veias.

─── Calma, Tom ─── as mãos do Bill foram automaticamente em meus ombros, em tentativa de me acalmar. Me sentei no banco, fechando os meus olhos por um momento

─── Você até agora não explicou o que aconteceu, Kaulitz ─── A Izzy se Inclinou até mim, seu olhar mostrava confusão

─── Eu não sei o que aconteceu, apenas uma mulher me ligou falando que a Diana estava no hospital em estado gravíssimo ─── Expliquei, gesticulando para ela

Todos ficaram em completo silêncio, pareciam estar tentando absorver a notícia. Soltei um suspiro pesado, esperando algum médico aparecer para me dá alguma notícia

─── Familiares da Diana Molina? ─── O médico perguntou, me fazendo sobressaltar da cadeira

─── Como está a minha mulher? ─── Me aproximei dele, sentindo a mão do Bill e da Suzanne em meus ombros

─── Bem, a Diana teve um acidente de carro, pela 2° vez, dessa vez foi mais grave, ela teve uma hemorragia interna e seus ferimentos foram gravíssimos ─── Disse o Médico, fazendo todos se entre-olharem

──── Ela está acordada? ──── A Izzy perguntou, se aproximando do Médico

─── Ela morreu. ─── Completou o médico.

Meus olhos ficaram embaçados, palavras morreram em minha garganta. Dei um passo para trás, eu estava desnorteado.

Ela me deixou

Ela foi embora.

─── Sinto muito pelas suas perdas. ─── Disse o Médico, respirando fundo

─── Perdas? A Diana perdeu o bebê? ─── Perguntou à Suzanne, sua voz estava embargada pela lágrimas que não paravam de cair em seu rosto

Me apoiei na parede, eu estava choramingando, lágrimas não queriam descer. Ela se foi, junto com a minha mente e meu coração.

Todos ao meu redor tentavam falar comigo, mas, parecia que naquele momento, eu só queria ela de volta em meus braços

Implorei pela a vida da Diana e do meu filho, mas eles já estavam sem vida. O Bill tentava me acalmar como todos ali. Eu não dava a mínima para eles.

Ela havia morrido, e não foi nos meus braços.