Cleaning up the room

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Um cigarro após o outro
Eu fumo sem parar.
Apenas quatro meses se passaram,
E você aqui dentro ainda tem um lar.
Pra algumas coisas o único remédio é o tempo.
Para outras, basta falar.
Ir para longe de você foi o que eu escolhi,
razão não houve,
só ação e reação.
E agora, nesta realidade,
Eu vejo que o que eu queria era algo além.
Além da paixão, do amor, do respeito.
Era a adrenalina.
Mas calma, vamos lá,
Disso você já sabia.

Lembro de você me dizer,
Mesmo sem te ouvir,
Que eu gostava de você,
Mas só quando você me fazia rir.
Só quando o que tínhamos era mais do que apenas nós.
Nós dois juntos.

Eu vacilei.
Derrotado
Por mim mesmo.
Minha mente,
Meus devaneios,
Me cegaram.
Me ataram
E fizeram de mim um refém.

Refém das emoções negativas,
Refém de tudo que pensei.

Enxurrada de pensamentos desgovernados.
Visões, expectativas, prismas de N situações.
E de tudo isso
Eu tirei o que eu quis.
Escolhido a dedo.
Foi o que tirei,
Foi o que cultivei
E agora. Apenas a reação.

É fria a solidão.
Eu me faço companhia.
Mas até que ponto isso é bom?
Será que aprendi a escolher melhor o que tiro desse rio?
Ou sequer controlar o seu fluxo...
Me mantenho ausente.
Mas não do aqui e agora.
Mas ausente de pensamentos.
Tão difícil pra mim que
Só penso, penso, penso.

Apenas um ser ciente de si
Ciente do seu arredor
Ciente das suas capacidades e da sua energia.
Ciente do que tem de fazer e do que jamais deve repetir.

O silêncio vai me ensurdecer
Só eu, só eu só

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