Rainha dos duelos

Confiança

Acordei lentamente do meu sono, mas percebi que eu não estava mais em uma cela. Eu estava em uma cama, bem macia por sinal. "isso é um sonho?" falei em voz alta enquanto me sentava, colocando os pés no carpete abaixo de mim. Olhei ao me redor e notei que era um quarto bem grande, nos tons de roxo e rosa, com flores decorando as paredes e o chão. Mas o que me chamou a atenção foram os bichinhos de pelúcia em um estante.

Me levantei e fui até eles, notando que alguns remetiam aos monstros de duelo, mas outros tinham a aparência de pessoas importantes pra mim. Minha avó, minha bisavó, meu avô, meu pai, minha mãe e meu irmão estavam em uma única fileira e eu sorri para cada um deles. Na outra fileira, estavam meus amigos, o que me deixou um pouco melancólica enquanto eu pegava a pelúcia que representava o Yugi e o abraçava "me desculpe. Eu estarei torcendo por você" falei abraçando a pelúcia.

Só então reparei que havia mais quatro pelúcias na prateleira de baixo. Duas eu reconheci como os irmãos Kaiba e as outras estavam difíceis de reconhecer, então eu as segurei em minhas mãos. Uma era uma pelúcia com o mesmo formato do Yugi, só que era totalmente preta exceto pelos olhos roxos mais afiados e a outra também era parecida, mas tinha olhos amarelos afiados e uma capa azul claro.

Olhei mais ainda a pelúcia e então percebi "essa é minha outra eu?" olhei então para outra "pela lógica, esse deve ser o outro eu do Yugi. Por que eles estão assim?". Fiquei pensando sobre isso, até que eu cheguei a conclusão que não conheço eles direito, por isso as pelúcias são praticamente irreconhecíveis. Segurei mais perto a pelúcia da Saori "eu posso confiar em você? Você não pensou duas vezes em machucar aqueles guardas... mas você já me ajudou várias vezes *suspiro* estou tão confusa."

De repente, uma caixa apareceu na estante e, deixando minha curiosidade me guiar, abri a caixa. Um forte brilho dourado apareceu e, para minha surpresa, uma imagem da minha mãe apareceu junto com uma versão criança minha "essa é a tiara do milênio, Sayuri. Segundo as lendas, ela pertencia a uma rainha do antigo egito e somente aqueles que são dignos poderão usá-la e usar seus poderes" falou minha mãe "e será sua quando crescer" "mas mamãe, como você sabe que eu que devo usar?" "porque eu sei que você é mais do que capaz de sustentar o peso de uma coroa, minha princesa"

A pequena olhou pra baixo com medo "mas e se realmente tiver um espírito aí dentro como a bisavó falou? Como eu vou saber se ele é bom ou mal? E se ele for alguém muito mal?" Hinata suspirou e acariciou o cabelo dela "não tem como saber. Mas, se tiver, você tem que acreditar que ele é bom, ao invés de pensar no pior. E, além disso, essa tiara vai proteger você. Se tiver alguém aqui, irá te ajudar com certeza... então não tem como ele ou ela ser tão má, não é?" ela então segurou gentilmente seu rosto

"porém você precisa de coragem para enfrenta-lo se precisar. Para qualquer coisa, é preciso de coragem para enfrentar os desafios, mas sem deixar de lado a bondade e gentileza que está aqui" ela falou colocando a mão no coração "isso também é uma arma poderosa e que pode mudar uma pessoa. Lembre-se disso meu pequeno lírio" com isso, a caixa se fechou e eu tentei enxugar minhas lágrimas

"lembrei disso quando eu finalmente tomei coragem para usar a tiara, poucos dias antes do campeonato. Senti uma certa energia tomando conta de mim quando eu coloquei, provavelmente, foi aí que a Saori surgiu" eu falei pegando novamente a pelúcia dela "ela me ajudou muito desde que eu comecei a duelar e, ela me salvou naquele duelo das trevas" pensei um pouco mais comigo mesma e tomei uma decisão "eu preciso falar com ela" notei uma porta surgindo na outra parede, no tom de prata e fui até ela.

Assim que eu abri, acabei em um corredor com tijolos no chão e nas paredes e na frente da minha porta, havia outra porta. Só que essa era estranha, parecia uma porta de pedra com um olho de hórus bem no centro, com raízes saindo dele. Engolindo seco, enquanto abraçava a pelúcia da minha mãe e da Saori contra o peito, bati levemente na porta e ela lentamente se abriu com um barulho meio sinistro.