countdown.

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Ashton puxou seu capuz para cima de sua cabeça e saiu embaixo da chuva.

Seus olhos se dirigiram para o espaço acima das cabeças das pessoas.

Eles eram de um laranja brilhante. Fácil de ser visto na chuva.

Ele não podia deixar de olhá-los, aonde ele estivesse.

Ele viu um velho homem, sentado embaixo de uma tenda de um café. Ele sorriu quando viu, pelo menos, mais onze anos.

Ele continuou andando. Ele não sabe porque ele faz isso, ele apenas faz. Ele precisa. De alguma forma, vendo o das outras pessoas o faz sentir que está vendo o seu.

Ele não sabia o que eles eram no começo.

Desde que ele consegue se lembrar, ele viu flashs laranjas brilhantes piscando acima das cabeças das pessoas. Ele encarou e passou a mão, mas não conseguia tocar. As pessoas o davam olhares estranhos e ele se deu conta que era o único que conseguia ver. O único que conseguia ver que eles estavam ai.

Ele se tornou mais isolado depois disso. Depois que cresceu, percebeu que eram cronômetros, e que eles estavam em contagem regressiva.

Contagem regressiva para algo que ele não sabia.

Um dia, ele descobriu a terrível verdade.

Era um bom dia. Ensolarado, um dia normal. Ele estava à caminho da escola normalmente, quando ele viu uma mulher idosa sentada em um banco da praça, alimentando alguns pássaros.

Ele parou e encarou. O cronômetro dela estava em um número que ele nunca tinha visto. Apenas um dígito.

Ele nunca tinha visto ninguém com um número tão baixo. E depois, chegou ao um, e desapareceu. A senhora engasgou, e inclinou-se, caindo do banco.

Pedestres correram para ajudar, mas Ashton sabia.

Ela estava morta.

Os cronômetros tinham contagem regressiva de quanto tempo você tem de vida.

E de repente, ele olhou para os cronômetros de um jeito diferente.

Ele olhou para eles mais, seus amigos, família, professores, completamente inconsciente.

E para os desconhecidos. Óbvio.

Um dia ele correu para casa, pulando a escola.

Ele bateu a porta de seu banheiro e olhou para seu reflexo no espelho.

Ele olhou para o espaço acima de sua cabeça.

Um espaço vazio.

Sem cronômetros. Sem contagem regressiva para ele. Ele nunca tinha reparado nisso, mas agora ele fez.

Ele não tem um cronômetro. Ou, ele não consegue ver.

Eu estou morto? Ele se perguntou. Não, ele não pode, as pessoas conseguem o ouvir, ver e tocar.

Ele está vivo.

Vivo sem nenhum cronômetro.

O que isso significa, ele não sabe.

E depois, mais um grande golpe para a sua vida anormal.

Um garoto se mudou para o outro lado da rua. Luke Hemmings.

O garoto que consegue ver o cronômetro de Ashton.

+

Ashton estava ocupado em seu quarto hoje.

Ele estava calculando o tempo de sua mãe. O laranja acima de sua cabeça mostrava 148,920/29/07.

Mostrando que ela tem 148,920 horas, 29 minutos e 7 segundos de vida.

countdown › lashton [pt. version]Onde histórias criam vida. Descubra agora