O Domador de Cavalos - NOVO FINAL! ( Degustação)

1º Capítulo - Guerra Declarada

Fazenda Dona Esperança

- Um, dois, três... Pronto! Quem não se escondeu, não se esconderá mais! – grita Leonardo.

Caminhando sobre aquele enorme jardim, Leonardo brincava de esconde, esconde com Mariana. Dando passos lentos, ele se aproximava de um pé enorme de Laranjas, que era distante da Fazenda Dona Esperança. Atrás do pé, estava Mariana, quieta e observando o menino que tentava lhe encontrar.

- Eu vou te achar Mariana! – diz o menino, se aproximando cada vez mais do pé de Laranja. Te achei! – exclama.

- Isso não vale Leonardo! Vamos brincar de novo! –diz a menina, sem notar que seu pai se aproximava deles.

- O que está fazendo aqui Mariana, e ainda com esse pobre menino? – questiona.

- Eu estava brincando, papai!

- Eu não a quero com este pobretão e muito menos distante da fazenda! Vamos, sua mãe lhe espera com Fernando, que não vê a hora de encontrar sua futura namorada! E você moleque, nunca mais se aproxime da minha filha, entendeu?

- Sim, senhor! – responde o garoto.

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- Mas que demora Jorge! Onde estava? A horas lhe procurava e você aí com Mariana... Fernando está ansioso para vê-la! – diz Aurora.

- Você é uma péssima mãe! Nem para cuidar de sua filha, você sabe! É bom que Dom Augusto esteja de bom humor, caso contrário é você quem sofrerá as consequências!

Entrando naquele imenso salão, Mariana se deparava com Fernando e Dom Augusto de pé os esperando.

- Mas olha só... Marianinha cresceu, já está quase uma mocinha!

- Não sou Marianinha, sou Mariana! – repreende a menina.

- Mariana! – murmura Jorge, olhando para filha fixamente.

- Estava ansioso para reencontra-la, minha doce e querida namorada! – diz Fernando, se aproximando da jovem.

- Já eu, não estava nem um pouco ansiosa de rever essa sua cara de laranja azeda! – retruca a menina, correndo para o quarto.

Vendo que a filha precisava tomar um bom corretivo, Jorge sobe as escadas e vai conversar com a menina.

- O que é que você tem minha filha? Está louca? Você vai por tudo a perder!

- Você me trata como se eu fosse uma empregada, e que escolhe o que devo ou não fazer. Eu tenho apenas 13 anos, não quero namorar com ninguém, quero me divertir, brincar, curtir...

- Minha filha, eu sei o que é bom para si, e você sabe que não estamos em bons momentos de economia, então deixe de ser rebelde e vá pedir desculpas à Fernando, ou então lhe mando hoje mesmo para um internato!

Vendo que não tinha escolha, Mariana obedece o pai e faz tudo que ele ordena.

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Havia se passado alguns dias, Jorge e Dom Augusto estavam felizes por saberem que seus filhos em breve se casariam. Os Villar e os Alcântara se juntariam finalmente! As escondidas, Mariana sempre fugia para brincar com Leonardo, que desde pequeno adorava mexer com cavalos, ao qual os tratava muito bem.

- Nossa Léo, você tem um jeito especial quando cuida dos cavalos!

- É que quando eu crescer, quero ser um domador de cavalos... Esses bichinhos são muito especiais para mim! Meu pai era um domador, quero seguir seus passos e ser um bom homem, não como meu irmão...

- Quem é seu irmão? – pergunta.

- Ninguém... – diz o garoto fugindo da menina.

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Já estava tudo pronto para a partida. Mariana debaixo do pé de laranja, se despede de Leonardo.

- Sentirei saudades!

- Eu também! – responde o menino.

- Acho que nunca senti isso por ninguém, Léo! Eu gosto de você de um outro jeito, um jeito que não sinto com o Fernando...

- Eu também, Mariana! Você é muito especial para mim, nunca te esquecerei...

Tristes, as crianças se abraçam. Antes de Mariana partir, Léo retira de seu pescoço uma corrente que usava.

- Tome, isto é pra você nunca se esquecer de mim!

- Nunca te esquecerei Léo... Nunca! – diz a menina, abraçando o garoto.

Partindo para a cidade, Mariana observa Léo correndo atrás do carro. Até que então, ele para e lhe acena com as mãos se despedindo.

- Nunca te esquecerei! – pensa a menina, apertando forte o colar.

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Voltando para a fazenda, Leonardo ouve os desaforos de Fernando.

- Como você é tolo Leonardo, realmente acha que Mariana Villar vai se interessar por um pobre, filho de empregada? – questiona.

- Não fale assim da mamãe! – repreende. Assim como eu, você também é filho dela, então meça muito bem as suas palavras.

- Nunca mais diga isso. Eu não sou filho daquela coitada, eu sou filho de Dom Augusto viúvo de Dona Bertha. Aquela mulher que você enche a sua boca pra dizer que é a minha mãe, foi apenas uma qualquer que meu pai se envolveu e que traiu o banana do seu pai, metendo um par enorme de chifres!

- Cala a sua boca, Fernando! Um dia você se arrependerá de renegar sua origem, um dia Mariana verá quem realmente você é... E neste dia, eu estarei a seu lado, como seu futuro marido, porque ela me ama e sempre me amará, já você, sempre terá pena! – esbraveja o menino, se virando para o irmão.

- Essa história está apenas começando Leonardo! A guerra vai começar quando Mariana for minha e demais ninguém! – pensa Fernando.