Dois

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[N/A] Quero lançar uma desafio à vocês: Cada capítulo é inspirado em uma música de amor (se isso ainda não tinha ficado muito claro) e o desafio é: quem descobre primeiro em qual música de amor cada capítulo foi inspirado. Às vezes vocês terão que ler nas entrelinhas para descobrir e as vezes vai ser tão fácil que vai deixar vocês irritados. Quem descobrir primeiro ganha o próximo capítulo dedicado a si e então eu coloco o cover que eu ouvi enquanto escrevia no capítulo designado.

                                                            Era isso, boa leitura amorzões. Amo vocês.

                                                                                              L O U I S

From: H. [22/12/2014 10:23]

Sinto muito Louis, não queria que eles ficassem ainda mais no seu pé. H.

No início Louis não entendeu sobre o que Harry estava falando. Ele mal havia aberto seus olhos, era cedo demais, mas ele conseguia ouvir o barulho de vozes, vinham da televisão na sala. Ele captou alguns fragmentos ainda em seu estado dormente. Escutou seu nome, escutou o nome de Harry, escutou algo como saindo do apartamento de Harry Styles e uma suposta parceria. Depois disso não foi difícil juntar os pontos.

Louis foi muito ingênuo se pensou que não teria nenhum paparazzi no lado de fora do apartamento de Harry. Louis foi mais ingênuo ainda ao deixar o outro o acompanhar até seu carro. Ele continuou ouvindo as pessoas especularem sobre o que ele fazia com Harry Styles quando se levantou de sua cama e foi até o banheiro e depois do banheiro até seu closet e depois do closet até a cozinha. Trinta minutos e ele ainda era o assunto naquele programa infame de televisão.

"Você finalmente deu algo sobre o que eles possam falar" O garoto magro demais, branco demais e sem nenhum cabelo em sua cabeça, falou brincalhão do outro lado da cozinha, um sorriso feliz em seus lábios.

Louis sentiu-se mal no mesmo instante.

Ele não podia reclamar da sua vida, nem por um instante, nem quando os paparazzis rodeavam seu carro a ponto de que ele não conseguisse sair da vaga de estacionamento, nem quando inventavam histórias ridículas sobre sua vida, nem quando ele era obrigado a se mudar quando descobriam seu endereço e dormiam na porta de sua casa. Louis não podia reclamar e toda vez que olhava para Stan, lembra-se disso.

Era estranho olhar para Stan, de várias maneiras. Louis sentia-se culpado, errado, irritado consigo mesmo, egoísta, mesquinho. Louis sentia-se a pior pessoa do mundo.

Um ano atrás Stan havia sido diagnosticado com câncer no cérebro, era terminal avisou o médico, eles optariam pelo tratamento, obviamente, mas a única coisa que os remédios e toda a radiação pela qual ele passaria só serviriam para prolongar sua vida por alguns meses, talvez três, talvez seis, quem sabe um ano. Naquela época, antes de os tratamentos começarem, o médico disse que ele tinha no máximo seis meses, ele viveu mais um ano e as novas expectativas eram para mais alguns meses, talvez três. O tratamento não estava mais adiantando.

Um ano atrás Stan bateu na porta de Louis, em seu novo apartamento em Londres, o terceiro no qual ele fora viver naquele ano graças aos paparazzis, e Louis ficou feliz em ver o melhor amigo, mas ele veio com aquela notícia horrível e com a convicção de que não optaria por nenhum tipo de tratamento, ele estava disposto a abraçar seu destino. Não havia motivos para viver, disse ele. Mais tarde naquela noite, depois de ambos beberem uma quantidade incalculável de álcool, Stan disse com os olhos cobertos por lágrimas que o único modo dele lutar por alguns meses a mais de vida, seria Louis estando com ele. No primeiro minuto Louis não entendeu o que estar com Stan empregava, mas depois do outro se inclinar sobre ele e começar a beijá-lo, ele entendeu.

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⏰ Última atualização: Jul 30, 2015 ⏰

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