Capítulo Único

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©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

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My one and only aim...

Now heart is speaking, brain's defeated

Quando o despertador tocou, Kagami já havia acordado. Hum, essa frase não estava completamente correta. Alguém que não pregou os olhos durante a noite pode acordar? Melhor dizendo, quando o despertador tocou Kagami levantou-se da cama.

Estava animado. E nervoso. E ansioso.

Era sábado de manhã, dia que os alunos reservavam para ir à escola e fazer estudos extra ou se envolver nas atividades dos clubes com mais liberdade. O time de basquete treinaria sem misericórdia, graças à proximidade do Intercolegial.

Mas a excitação de Kagami tinha outro motivo.

Aquele sábado era dia catorze. De março!

White Day!

E Kagami estava decidido a entregar os chocolates que fizera para Aomine. Tinha preparado bombons caseiros no dia de São Valentim, mas não conseguira entregá-los. Ficara rodeando, rodeando Daiki, temeroso e tímido... Até ser tarde demais.

Tudo o que lhe restara, por ser um covarde, fora comer os doces um a um, sozinho em seu apartamento. Assistindo uma reprise da NBA na TV e suspirando a cada arremesso convertido.

O foco de sua paixão era Aomine Daiki, garoto que estava no 2B do colégio, enquanto Kagami estava no 2C. Apesar de serem de classes diferentes, faziam parte do mesmo time: jogavam basquete e amavam o esporte.

Desde o final do ano passado, Taiga compreendera que seus sentimentos pelo outro eram mais do que admiração. Sim, Aomine era um monstro no basquete. E não, não conseguia vencê-lo ainda. Porém, pouco a pouco, a admiração mudou: com seu jeito preguiçoso, arrogante e prepotente acabara seduzindo Kagami.

O rapaz não era de fugir de nada. Ia se declarar! Claro que pensar é muito mais fácil do que fazer. Daiki estava sempre com aquela garota dos peitões, a tal de Momoi, e a fofoca do colégio era que ambos namoravam desde o Fundamental.

Isso doía um pouco, pensar que Daiki podia ter um relacionamento tão duradouro com alguém. Também era indício de que ele não aceitaria os sentimentos de alguém do mesmo sexo. Agravantes que somaram à insegurança e medo da rejeição. Kagami não conseguiu se declarar em fevereiro...

E sofreu dia a dia com a paixão unilateral. Guardara o segredo por mais um mês, pois ele decidiu que teria que se confessar. Não importava o preço. E se Aomine repudiasse seu amor, tudo bem. Era melhor do que sofrer em silêncio, escondendo o quanto gostava do outro.

Por isso saltou da cama e foi tomar um banho. Na mente, pensamentos a respeito dos bombons que fizera e colocara todo o seu carinho. Trocou de roupa e foi para o colégio. A bolsa jogada displicente sobre o ombro guardava o tesouro: um saquinho decorado cheio de chocolates caseiros e um cartão onde confessara o que sentia.

Chegou ao colégio e os outros colegas de time já estavam se aquecendo. Trocaram cumprimentos animados, mas nada de Aomine aparecer. Já era marca registrada dele: um jogador tão bom que faltava aos treinos e se atrasava sem que isso atrapalhasse seu desempenho durante os jogos.

Isso fez a dúvida pesar sobre os ombros de Taiga. E se Daiki não aparecesse no colégio? Não poderia entregar o chocolate que fizera com tanto esmero!

E chocolate era o tema daquele sábado. Várias garotas circularam pelas dependências como se flutuassem, por terem ganhado iguarias em retribuição pelo dia catorze de fevereiro. A própria técnica do time recebera dois ou três pacotinhos. Para surpresa (e ciúmes) de Hyuuga, o capitão.

A Broken Heart (AoKaga)Onde histórias criam vida. Descubra agora