Pobre lua

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Por que tão sozinha? Branca e luminosa, mágica e formosa

Por que tão sozinha? Diamante da escuridão, corajosa como nenhuma, no meio de tudo, brilhando entre o nada

Iluminas com tua luz, hipnotizas com tua formosura

És mística como a noite e sem ti ela não existe

És tão pequena e significas tanto, e ai estás... tão sozinha, cercada de estrelas que não te dizem nada, pobre lua, o que tu pensas à noite?

Choras por aquele astro que num mal dia te abandonou, vagas pelo mundo a noite inteira e não conseguem se encontrar.

De dia, ele não exerga e, quando começa a ficar escuro, quando finalmente vais encontrar com ele, chegas tu e e ele já foi embora.

É assim o destino... doce e cruel.

Pobre lua, aquele senhor que nos envolve o dia todo não conseguiu reconhecer tua mística beleza, tua magia encantadora, teu mistério que hipnotiza... está ocupado com outras coisas, enquanto tu o observas noite e dia...

Mas pare já de chorar, minha lua, tomara que as minhas palavras consigam ser ouvidas na tua crosta branca, porque eu sei que vai chegar o dia no qual o sol, por fim, vai te ver, e ficará paralisado com a tua beleza e plenitude, e a noite se alongará porque o sol estará ocupado olhando para sua incondicional namorada, que sempre esteve sozinha, refletindo sobre o mundo...

E é de se admirar que, com tanta dor, sua luz não tenha se apagado... doce ironia é quem mais a faz sofrer é quem a faz brilhar...

Dulce Amargo - Lembranças de uma AdolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora