Sem saída

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A criatura tinha a aparência antes nunca vista por mim, um ser hominídeo mas com a pele em escamas esverdeada, sua boca tinha dentes afiados soltando uma espécie de baba porém transparente e mais viscosa que a de um humano, suas mãos estavam em formato de patas de um camaleão com unhas grossas e afiadas como garras, seus olhos estavam com tonalidade amarelo queimado como a pupila de uma cobra, e o mais horrível, essa coisa não tinha nariz nem orelha e estava simplesmente nu, não tinha pênis nem vagina.

Não se mexam, fiquem quietos, e atrás de mim. - disse Doug se movendo delicadamente para frente ficando entre a criatura e Alice.

Alice estava em estado de choque, mas quem não ficaria ao olhar uma criatura bizarra sem órgão genital?
Eu também estava em estado de choque meus músculos não se moviam e a maldita eletricidade da escola que antes estava desligada estava começando a oscilar como se tivesse sofrendo interferência eletromagnética.

Caliel, caliel- falou Doug sussurrando- leve a Alice daqui, eu vou tentar distrair ele.

Eu havia recebido a mensagem mas mesmo assim por motivos de medo não havia conseguido me mover me mantendo imóvel. Então Doug fez algo que eu não imaginaria, ele correu para a criatura que agora estava em posição de defesa e soltado sons como os de um Dragão de komodo, Doug foi esperto e deu um salto com direito a um chute, atacando a criatura que foi derrubada no chão.

VÃO. AGORA! - gritou Doug olhando pra atrás.

Consegui criar coragem e puxei Alice comigo, ela estava ainda com os olhos vidrados e só se movia agora comigo por que eu a estava puxando.

Passei por Doug e a criatura que já estava levantada tentando acertar Doug que desviava-se para trás.

As garras passavam de raspão, não acertando o cara, era até impressionante como alguém tinha um reflexo tão bom, dei uma olhada para trás e a impressão era que os olhos de Doug estavam vermelhos. Voltei-me para frente e comecei a correr para todas a entradas que davam para saída do andar de cima e todas estavam fechadas, voltei para sala da diretora tentando achar alguma coisa que abrisse as portas, porém quando cheguei na sala estava tudo revirado.
A mesa de centro onde sempre se encontrava papéis sobre os alunos da escola estavam jogados no chão, gavetas do armário que ficavam a direita estavam jogadas com tudo o que tinha dentro, a única coisa que não estava jogada no chão era o computador da esquerda que estava ligado.

O que houve aqui? - Alice estava agora ja acordada, olhando o cenário em sua volta.

Se eu soubesse não estaria tão perplexo, acho que a criatura estava por aqui também. - falei começando a procurar alguma chave.

Então um rugido forte e grave fez os vidros da sala tremerem, o rugido vinha de fora e estava diferente do cara de largato. Ou seja havia mais de uma criatura naquela noite.

Melhor procurar essa chave antes que essas coisas nos devore. - disse Alice começando a procurar a chave.

Ficamos vasculhando e vasculhando, até na mesa do computador Alice estava procurando, então o som de uma portão caindo no chão ecoou na escola, esse barulho nos fez dá um pulo olhei para Alice e ela pra mim.

DOUG! - falamos.

Fomos correndo pra direção do corredor, o nervosismo e a adrenalina estavam tomando conta de mim, as luzes novamente estavam oscilando, eu e Alice corriamos desesperados, além do medo de pebsar em perder meu melhor amigo havia a dor na consciência por o tê-lo deixado a sós com aquela coisa, sem nem ter pensando duas vezes para ajudar.

Chegamos onde havíamos deixado Doug e o cara de lagarto, o portao que impedia a nossa saida estava no chão e retorcido como se um corpo tivesse sido jogado nele com tanta força que retorceram as barras de ferro.

DOUG? - chamou Alice.

A figura de um homem que estava a nossa frente mais de costas a mim e a Alice estava respirando ofegante. Infelizmente pela falta de luz não podíamos saber quem era.

Doug, é você? - dessa vez perguntei.

Cheguei mais perto do homem, o cheiro de sangue e de suor estavam fortes demais, quando cheguei mais perto ainda reparei que tinha sangue pingando das suas mãos. A respiração estava pesada cada vez mais quando me aproximava, quando já estava perto o suficiente chamei-o de novo.

Doug?

Então ele virou, Doug estava encharcado de suor, sua camisa estava colada em seu corpo porém ela estava rasgada no formato de 5 garras na região do abdômen mas ele não estava sangrando, a única coisa que restava de sangue ali era as mãos de Doung e o corpo da senhora Bernoly.

Cara, você tá vivo! - falei aliviado, então o abracei, mesmo com todo meu ódio por suor. Ele me abraçou forte.

Desculpa se te preocupei. - disse Doug ja se afastando ele olhou Alice que estava de joelhos no chão observando o corpo da senhora Berlony.

Relaxa, mas o que houve aqui? E cadê o cara de lagarto? E como você tá vivo?- meu inquérito estava atordoando a cabeça de Doug, percebi por que ele estava revirando os olhos.

Calma aí, primeiro temos de sair daqui, antes que aquilo volte. - falou Doug.

Vamos a uma festa- falou que estava levantada segurando um frasco com o sangue da senhora Berlony.

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⏰ Última atualização: Aug 07, 2015 ⏰

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