Unidos por Deus

Primeiro amor

Não me lembro o dia e nem exatamente como nos conhecemos, so lembro que chegou um certo ponto que já éramos super amigos, ele morava uma quadra depois da minha. Todas as noites nos reunia-mos com os nossos amigos em frente a minha casa, pois eu tinha 15 anos e minha mãe não deixava eu sair muito á noite, então meus amigos vinham todas as noites para frente da minha casa e ai passávamos horas batendo papo, naquele tempo nao estava no alge a internet e redes socias, eu lembro que estava começando essa era de informática, então era só brincadeira e muito bate papo. Eu e o ivan tinhamos uma idade bem distinta um  do outro ele era 7 anos mais velho que eu, mas a mente era como de um menino de 19 anos, então por isso nos dávamos muito bem.
Nossas conversas era desde piadas a assuntos de Igreja, que era um dos assuntos que eu mais gostava de conversar,  eu amava saber sobre os evangélicos, eu era católica e não sabia muita coisa sobre Jesus e a Bíblia, era uma coisa que me deixava super curiosa, e ele sabia tudo sobre isso, pois ele era evangélico mas estava afastado a uns 4 anos da Igreja, ele me contava muita coisa e eu amava ouvir.

  Com o passar do tempo, ele conheceu uma moça e não demorou muito para eles começarem a namorar, eles ficaram próximos muito rápido e as noites e ele já nao estava lá na frente comigo, mas sim com ela, eu nao palpitava, afinal, ela que era a namorada dele e não eu, éramos só amigos, quando a gente encontrava tempo para conversar, ele me contava tudo sobre eles, como eles namoravam e o que faziam, eu sabia cada detalhe do relacionamento deles, cheguei a ficar fascinada por ouvir como era tudo o que eles faziam, quando eu a via, era como se eu já a conhecesse porque ele me falava muito dela, nunca chegamos a nos falar, também porque ele me falava que ela morria de ciúmes dele comigo, então quando ela me via virava o rosto.

Chegou um tempo que eu já não estava tão fascinada por ouvir ele falar dela, eu já mudava de assunto. Comecei a perceber que eu estava sentindo ciúmes dele, e isso era horrível,  eu não queria sentir aquilo, mais era meio que involuntário aquele aperto no coração ao ouvir ele falando dela, eu disfarçava muito, mas chegou um tempo
que eu nao quis mas esconder isso de mim mesma, eu pensei:  -"Meu Deus, será que eu estou gostando dele? Não,não, isso é coisa da minha cabeça, somos amigos e isso não pode acontecer, mas se for eu preciso contar para ele". Eu odiava ter esses pensamentos, por que além de eu nao poder está gostando dele porque éramos amigos, ele estava namorando e eu nao queria destruir nossa amizade e nem o relacionamento deles.
 

Eu passei a aceitar aquele sentimento, porque era mais forte do que eu. Certo dia eu estava voltando de um passeio com minhas primas e quando eu voltei encontrei ele sentando em frente da sua casa, tinha uma mesinha de madeira que sempre sentávamos nela e ele estava lá, bateu aquele famoso "friozinho" na barriga o coração começou a acelerar então eu me aproximei e começamos a conversar, passou o tempo e eu falei:
- Ivan, eu queria te falar uma coisa.
- Pode falar!
- Jura que não vai ficar com raiva de mim, e nem parar de falar comigo?
- Sim, é claro que nao vou parar de falar com você, mas me conta logo!
- Ai! Estou muito nervosa.
- Para com isso! Conta logo vai.
- Ta bom, é que... Ai Ivan, eu te amo! Pronto falei!
Ele olhou para mim e começou a rir, eu fiquei super assustada com a reação dele. Ele disse:
- ah! Até parece. Tenho certeza que daqui a pouco você  vai falar que é brincadeira.
-Não, eu estou falando sério!
- Somos amigos, e você só vive com brincadeiras. Eu aposto que amanhã você assume que é brincadeira.

Eu deixei ele continuar pensando que era brincadeira, nao liguei e continuamos a conversar. Atraz da casa dele morava um menino que chamávamos de "Raiká" ele era um amigo nosso. Ele sentou lá com a gente e começou a conversar também, conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre beijar, e essas coisas. Esse era um assunto que eu tremia nas "bases" porque eu com 15 "aninhos" nunca tinha beijado, e não era por falta de pretendente, é que eu morria de medo de errar o beijo e o menino saísse falando mal de mim, dizendo que eu não sabia beijar, por esse e outros motivos eu nunca havia beijado. Entao, sobre esse papo de beijo, eles falaram: -Ah! Eu beijei fulana, eu fiquei com siclana.
E foram perguntar com quem eu ja tinha "ficado". E eu como não sou boba nem nada falei:
- Nossa, eu ja fiquei com um monte de meninos, nem lembro quantos.
- Ah, entao você sabe beijar muito ne?
-Sei mesmo, com certeza!
E entao o raiká me pediu para eu beijar o ivan, já que eu era tão "beijoqueira" assim. Eu pulei e falei
- Não, não, eu nao fico com qualquer um.
Eu estava morrendo de medo de beijar o ivan errado e ele nunca mais querer olhar na minha cara, e ainda sair espalhando que eu nao sabia beijar. Então o Raiká falou: -ah! Eu acho que você não sabe nem beijar.
-Eu sei sim garoto
- Sabe nada, você só faz falar.
- Ah é? Olha só isso...
Eu "larguei" um beijo no Raiká na frente do ivan, nem eu estava acreditando no que eu estava fazendo, mas eu fiz isso, porque se estivesse errando o beijo, eu estava errando com uma pessoa que eu não iria me importar se eu errasse ou não. Mas o ivan nao pensou assim, para ele eu estava gostando do Raiká por isso o beijei,  mas não era assim, realmente ele nunca iria entender. 
      
Foi ficando tarde e o Raiká entrou para casa dele e foi domir, ficou só eu e o ivan na "mesinha" ele ficou triste pelo que eu tinha feito, mas contiuamos a conversar tranqüilamente. Já estava muito tarde, as taberninhas ja estavam fechando, então fomos para mais perto da casa dele, começou a rolar um " clima" e nos aproximamos de pouquinho em pouquinho, até eu dar meu primeiro beijo de verdade, eu não sei decresver o que eu sentir naquele momento, parece que o tempo parou, os lábios dele eram tão macios, era como se fosse um sonho que eu não queria mais acordar. Eu não sei se dá para acreditar mais nesse dia nós amanhacemos se beijando, fora da casa dele, eu fechei os olhos estava escuro, e quando eu abrir já estava claro, foi algo inacreditável.
Minha mãe nunca soube que eu não domir em casa naquela noite, não aconselho ninguém a fazer isso, eu conheci o ivan sem ser evangélica, não aconteceu nada além do beijo, mais se eu podesse voltar atraz, queria ter conhecido a Jesus muitos antes dos meus 17 anos. Então, a namorada dele começou a desconfiar que tínhamos "ficado" eu não queria que tivesse acontecido aquele beijo, assim tão depressa, mas aconteceu. No outro dia eu estava morrendo de vergonha de falar com ele, eu vivia me escondendo quando ia no mercado ou em outro lugar que teria que passar em frente a casa dele. Logo depois de um tempo ele tentou terminar com a namorada dele, e ela começou a falar que estava grávida dele e que não seria justo ele abandonar ela desse jeito, ele me contou a situação, eu com certeza fiquei muito triste, era como se eu e ele nao fossemos dar certo nunca. Depois ele descobriu que ela estava mentindo, foi entao que ele criou coragem para terminar com ela pois ele já estava gostando muito de mim, ele me disse que o nosso beijo foi o melhor beijo da vida dele, eu as vezes achava que ele estava de brincadeira comigo, mas era realmente verdade. No dia 17 de outubro de 2009 ele me pediu em namoro, eu nunca vou me esquecer desse dia, foi tão engraçado ao invés de ser romântico,  ele me pediu e eu fiquei morrendo de vergonha de dizer que sim, foi a maior coisa.
E entao veio o SIM! desde esse dia nos aproximamos mais e mais, éramos muito amigos e agora namorados, e sendo namorados ele ainda continuava a me falar sobre Jesus, aquele assunto que eu disse que eu amava falar e ouvir, ele me contava das experiências que ele já havia tido com Deus, das coisas que ele tinha visto, e eu sempre fui muito curiosa eu perguntava: - O que é ser batizada no Espírito Santo?
-  Porque falam em outras línguas?
E acada pergunta ele ia me respondendo e eu a cada dia ia amando mais a Jesus, eu ja não frequentava a Igreja católica como antes, porém antes eu sempre fui muito envolvidada na igreja católica,  dançava e era coroinha.  No início do nosso namoro foi escondido porque eu não tinha coragem de contar para a minha mãe,  eu achava que ela  não ia deixar e me brigar muito, quando minhas amigas souberam que eu estava namorando elas simplesmente pararam de falar comigo e com ele, porque diziam que a gente não tinha nada a ver, essa foi uma das barreiras, no inicio minha mãe também nao queria aceitar, mais depois de três meses de namoro escondido ele resolveu ir pedir dela, lembro como se fosse hoje ele chegando lá em casa com um presente na mão,  quando eu o vi, sair correndo e me escondi em baixo da cama, morrendo de medo do que a mamãe poderia falar para ele, ele bateu e a mamãe pediu para ele entrar e ele disse: -Cadê a michele?
-não sei, ela sumiu, estava aqui agora a pouco.
Eu me tremia debaixo da cama, mas não foi como eu esperava, ela aceitou nosso namoro normal, e quando ele foi embora, eu sair de baixo da cama e fui abrir o presente, era uma pelúcia de coração tão linda que eu tenho até hoje. Em Dezembro passamos o natal e o ano novo juntos, ele me levou para a cidade aonde ele morava, foi muito legal por um lado, no dia primeiro de janeiro foi quando deixei de ser pura, ele não me forçou a nada, foi algo que aconteceu, até porque estavamos sozinhos, por isso você que está lendo e que  namora, eu aconselho a você nunca ficar sozinha (o) com seu namorado (a) como diz na bíblia: Não deis lugar ao diabo. O diabo é astuto e ele age na nossa fraqueza eu não tinha essa visão antes, mas daria tudo para ter conhecido Jesus bem antes.  Você que cresceu na Igreja e sempre ouviu aqueles estudos de qur temos qur esperar em Deus, e tudo mais, eles não pregam aquilo por acaso, realmente vale a pena esperar em Deus, a pessoa e o momento certo.

No decorrer do nosso relacionamento, eu comecei a querer muito ir para a igreja,  sabe, aquele desejo so foi aumentando, lembro que iamos de Igreja em Igreja, mas nunca dava certo. Eu comecei a comprar agendas e ler a Bíblia, mesmo não sendo da Igreja, não tendo base familiar Cristã, eu tinha forças de buscar a Deus e orar, ler a Biblia mesmo sem entender nada. Quando estávamos com dois anos de namoro, lembro muito bem meu primo chegando aqui em casa, meu primo era evangélico um dos poucos da família,  ele ia para um outro lugar, mas como começou a chuvar, resolveu parar aqui em casa. (Creio que não foi por acaso). Ele começou a me falar de Jesus e eu super interessada, como eu já falei, era um assunto que me deixava muito curiosa, e então veio o convite de eu ir visitar a Igreja dele, e eu prontamente aceitei o convite. No domingo seguinte ele veio me buscar aqui em casa para ir, o ivan nao quis ir, mas também nao me impediu.