O céu nublado, uma garoa fina podia ser vista escorrendo pelas janelas da sala bem iluminada, o clima frio, típico de Londres.
Não era a primeira vez que Harry estava em uma sala de aula, ao longo dos anos ele esteve em muitas, se formou diversas vezes, mas nunca teve um futuro de verdade, nem um lugar onde podia realmente chamar de lar. Do mesmo jeito que não tinha muitas amizades que pudesse dizer que eram para sempre, nem um amor para se dizer "até que a morte nos separe".
Era como uma rotina, chegar em uma cidade nova, com novas pessoas, morar afastado, se formar, mas depois de mais ou menos quinze anos ir embora, de novo. Afinal, as pessoas perceberiam que sua pele não ficaria flacida, seus cabelos não ficariam brancos, nem rugas apareceriam em suas mãos, ele não envelheceria, nunca.
A eternidade para muitos seria uma dádiva, mas ela só passou a ser suportável para Harry depois que conheceu Taylor. Ele sabia que agora não precisaria passar todos os dias sozinho, ele poderia mostrar quem realmente era para pelo menos uma pessoa. Mas ainda sim, se sentia solitário.
Os longos anos que se passaram enquanto Styles ainda era sozinho, o mudaram, o tornaram uma pessoa, se é que ele poderia ser considerado uma, fria, distante, não era de expor seus sentimentos, nem pensamentos. A solidão fez com que um tipo de caixa prende-se seus sentimentos, uma caixa rígida, resistente, que não poderia ser aberta á força.
Ainda podia se lembrar o dia que encontrou Taylor em um beco, na Alemanha, a jovem loira estava largada, suja, ensanguentada, havia sido exportada e vendida como mercadoria, como um objeto sexual, e depois abandonada, assim como o cacheado, ela estava sozinha. E ele lembrava ainda da garota que o olhou assustada no meio do breu...:
- Hey cara! - respirou fundo, antes de se virar com o olhar frio e raivoso para o moreno que interrompeu suas lembranças daquela noite.
- Que é? - disse firme.
- Haam.. é. Você sabe a resposta da questão? - gaguejou o rapaz, mas logo se recompos, afinal, era uma pergunta inocente, o cacheado não seria rude para responder algo assim, certo?
Errado.
Olhou para o quadro, observando a conta por poucos segundos, já calculando mentalmente e descobrindo a resposta, aquilo era tão simples para ele que chegava a ser estúpido!
- Sei.
- Pode me passar a resposta? - questionou com um pequeno sorriso brincando em seus lábios.
- Não. - Respondeu simplesmente, fazendo o garoto ao seu lado sumir com o sorriso imediatamente e se encolher em sua cadeira.
Harry estava ali somente para parecer normal, para que pudesse permanecer na cidade por um tempo, somente para isso, não para fazer amigos, ele não deixaria ninguém se aproximar demais, logo não via motivos para ser gentil com qualquer um que lhe direcionava a palavra.
- Porque não? - o moreno não entendia o mal humor de Harry, como alguém podia ser tão mal educado assim?
- Porque eu não quero, se você é tão burro ao ponto de não conseguir resolver algo assim, o problema não é meu, agora faça-me o favor de tornar a sua presença aqui pelo menos aturável não falando comigo! - sorriu sínico - Obrigado.
Suspirou fundo, sabia que não tinha necessidade de ser grosseiro, mas também não tinha para ser gentil, por tanto optava pela mais fácil, pelo menos era o que ele achava.
Se tinha uma coisa que não havia mudado com os anos, foi o fato de ficar feliz ao ouvir o sinal tocar, como qualquer um naquela sala.
Rapidamente juntou seu material e colocou em sua mochila, marchando em passos largos até a praça de alimentação da faculdade, avistando de longe a silhueta de Taylor, que não era difícil de se vêr de longe, já que a loira mantinha um visual baseado em cores escuras e maquiagens pretas e marcantes, destacando seus lhos claros:
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Dracula's Genetics | Larry Stylinson Fanfic
FanfictionO que acontece quando o neto do vampiro mais famoso da história resolve tentar ter uma vida normal? Essa vida seria possível com tantos inimigos de seus antepassados o caçando? Harry já havia visto aquilo. visto a Primeira Guerra Mundial, visto Hitl...