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Harry simplesmente não conseguia acreditar no que seus olhos viam, era como um pesadelo em forma humana:

- Eu te disse para nunca mais olhar na minha cara, o que você acha que está fazendo aqui?

- Você disse dentro do campus e acontece que minha irmã se machucou e meus pais estão na cachoeira, eu não sei como voltar, mas obviamente você não liga, se não se importa vou procurar alguém com um coração. - Louis virou as costas, bufando de raiva e tremendo de desespero, pensando no que iria fazer.

- Eu tenho um coração, sai da frente Harry- Uma figura magra e loira apareceu, saindo de trás de Harry e indo em direção a Louis.

- Você tem tanto quanto eu, minha querida. - Harry bufou e parou ao lado de Taylor.

Lottie chorava baixinho sentada na escada, seus joelhos escorriam sangue e suas mãos estavam vermelhas. Harry estremeceu, e apenas começou a andar floresta a dentro, Louis pegou sua irmã no colo e Fizzy e Taylor foram o caminho todo conversando como se fossem amigas de infância. Harry sentia um olhar sobre suas costas, mas obviamente não olharia para trás, nem abriria sua boca para se pronunciar sobre alguma coisa. Depois de uns dez minutos de caminhada, se avistara uma clareira, com três barracas bem armadas, uma fogueira acesa e dois adultos chorando e andando de um lado para o outro. A mulher tinha estatura mediana, seu rosto era delicado e seus olhos de tirarem a sanidade de qualquer um, assim como os de Louis, a não ser pelo tom, Harry reparara.

- Ai meu Deus! Filhos! - A mulher levantou e abraçou seus filhos, perguntando um milhão de vezes se estava tudo bem. Harry sentira uma pontada no peito e já ia virar para ir embora quando ouviu seu nome ser citado.

- Esses são Harry e Taylor, eles nos ajudaram a achar o caminho, mãe. - Louis apontava em direção aos dois enquanto o padrasto de Louis levava Lottie para se lavar:

- Eu nem sei como agradecer! - A mulher então os encobriu com um caloroso abraço, Harry não soube como reagir no começou mas depois apenas retribuiu, permitindo até sentir-se em paz por alguns segundos.

- Não foi nada, Louis é um grande amigo e não me importo em ajuda-lo, espero que sua filha fique bem logo. - Harry abriu seu melhor sorrisinho e Louis não conseguia entender nada, talvez até achasse que estava em algum tipo de sonho maluco.

Então Jay, a doce mulher, não deixou Harry e Taylor irem embora, não enquanto não jantassem junto a eles pelo menos, Taylor não parava de conversar um segundo, e ela parecia tão feliz que Harry não se importou, apenas olhava e respondia alguma pergunta as vezes, com um "sim" ou "não".

- Sua pele cicatriza rápido. - Sem olhar para o rosto de Harry, Louis disse enquanto assava marshmelows na fogueira em sua frente.

- Receita de avó. - A resposta de Harry foi suave, sem grosseria, sem sarcasmo ou ironia.

- Eu juro que não te entendo. - Dessa vez o menor se virou para encarar os olhos verdes, que também o encaravam.

- Estranho seria se entendesse. - O céu estava iluminado por um milhão de estrelas, e a lua cheia deixava a clareira quase toda acesa, consequentemente os olhos de Louis não perdiam sua cor, mesmo que fosse tarde da noite.

- Taylor entende. - Os dois então olharam para menina, que fazia tranças no cabelo de Fizzy, seus olhos pintados em cores fortes e sua roupa sem tom algum demonstrando felicidade, não combinavam com a cena, mas Harry gostava e até se permitiu sorrir fraco.

- Porque ela é como eu. - A voz de Harry continuava calma, e Louis sentiu-se estranho por conta disso, mas muito bem também.

- É verdade, ela tem um coração. Talvez você só precise encontrar o seu, como o Robô do Magico de Oz.

Dracula's Genetics | Larry Stylinson FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora