Segundo Capítulo

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"Um sonho que se sonha sozinho é um sonho,mas um sonho que se sonha junto é realidade."

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Como eu sou burra,burra,burra!!
Como eu pude esquecer meu colar,como?
Tá intendendo nada né? Deixa eu explicar. Quando fui deixada na porta do meu pai de criação,a única coisa deixada pelos meus pais biológicos,foi um colar de ouro branco com um pingente e forma de um nota musical,é meu amuleto eu sempre vou usar ele, até no caixão.
E agora quê que eu faço?Respira,se controla, pois você está dirigindo,já sei vou ligar pro Lipe.
Digito o número dele no painel do carro,está chamando.
- Que foi minha estrela?- ele atende com uma voz de quem acabou de acordar.
- Acorda porra!!- grito pra essa coisa acordar.
- Não grita,minha cabeça vai explodir.- ele fala gemendo de dor.
- Isso que dá fica bêbado e depois fazer fris treep,tu ainda vomitou em mim e bateu teu carro.- pois é, nem comentem.
- Meu Deus,é impossível vc lembrar de tudo,você tava mais bêbada que eu.- ele fala incrédulo,mas eu posso fazer o que né.
- É um dom,então... Entendeu, você me encontra na lanchonete das gêmeas,leva meu colar e convoca o povo.- falo já entrando no centro de Nova York.
- Tá mas...- desliguei antes dele terminar a frase.
Eu entro no mar amarelo de táxis que é a Quinta Avenida,simplesmente odeio isso,meu carro foi feito pra correr,mas eu vou da meus pulos,e eu tô superrr atrasada.
Sai da avenida e entro num beco praticamente escondido na sombra de um prédio grande,as paredes eram totalmente gravitadas por todo tipo de desenho e palavras diferentes.
Eu dirijo até o final,onde eu sou barrada,por um grupo de caras,devem ser novatos pra me pararem.
Um deles vem até minha janela,ele bate pra eu abri,não tenho medo de morrer não,mas abaixo o vidro assim mesmo.
- O que a princesa quer por esses lados?- não sabe quem eu sou,rum,novato.
- Eu quero passar,rápido.- respondo olhando pro relógio, só tenho sete minutos,merda.
- Pera ae princesa,num é assim não,primeiro qual é teu nome?- meu deus dai-me paciência.
- Muse- falei simplesmente,ele arregala os olhos.
- Desculpa,perdão,LIBERÁ! -ele grita pros caras que estavam junto da barreira com medo.
Eles abrem rápido,eu acelero,eu entro na parte mais como eu posso dizer,perigosa de Nova York,aqui não é esse lugar como as pessoas vêem nos filmes,aqui há uma protistuta a cada esquina,maior parte delas fazem isso para ter uma dinheiro pra sustentar filhos ou filhas pequenas,pagar uma casa.
A várias crianças nas ruas,sujas,usando trapos,com frio,as vezes eu penso que se eu não tivesse sido deixada na porta do meu pai,eu teria passado pelo mesmo que eles,fome,frio,solidão e teria seguido o caminho ruim ou morrido como acontece com praticamente todos aqui,balanço a cabeça pra afastar esse pensamentos,eu ainda vou fazer algo pra essas crianças.
Entro em outro beco,que sai direto ao lado do prédio onde tenho entrevista,ele era enorme, o vidro e as paredes azul escuro faziam a fachada daquele enorme prédio.
Eu dirijo até a garagem subterrânea,numa velocidade que deixaria os carro de fórmula 1 comendo poeira,eu boto o meu carro num cavalo de pau na única vaga,agradeço ao meu pai por me levar aos raxas.
Eu saio do meu carro puxando minha bolsa num pulo e saio correndo antes que o elevador se feche.
- Segura!- grito ao homem que já tava dentro do elevador.
Ele segura pra mim,no momento que elas iam se fecha e eu ficar do lado de fora,pulo pra dentro dele.
- Valeu.- falo ofegante.
- Não foi nada diva.- ele fala sorrindo.
Ele era lindo,o cabelo ondulado curto e os olhos verdes claros,forte,mas com a roupa não se perde,uma camisa branca cheia de cerejas e uma gravata rosa choque com gliter e uma calça de couro preto super apertada,perceberam o que eu percebi,bixa.
Eu sorriu de volta pra ele,pego meu batom na bolsa e reboco olhando pro vidro do elevador.
- É uma nova cantora,né?- ele pergunta olhando pra mim.
- Eu não,vim foi pra uma entrevista.- falo o olhando.
- Qual área?- ele pergunta num entusiasmo.
- Secretária.- falo.
- Do gostoso do Nico,aquela deliciiiiiia,ui.- ele fala se encostando na parede e se abanando.
Eu cai na gargalhada.
PI...
- Chegou meu andar diva,e eu nem sei seu nome.- ele fala me olhando triste.
- Pode me chamar de Muse,depois a gente troca os números.- falo sorrindo para aquela bixa escandalosa.
- O meu é Julian,beijo diva,vê se não desmaia.- ele fala antes de sair,mandando beijo.
Tomara mesmo.
Eu olho pra cima vendo os andares passarem do painel do elevador,chega o meu.
As portas se abrem,boa sorte pra mim,e eu sai do elevador.

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A foto da capa é da nossa Muse.
*Revisão de BlendaMendes*

Dançar comigoOnde histórias criam vida. Descubra agora