Dor!

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John

- Que droga ! Esse telefone não para de tocar, olho no relógio passa do meio dia, quem será que me perturba, minha cabeça dói, a noite de ontem me atinge em cheio, pego meu celular não reconheço o número decido deixar tocar mais algumas vezes.
Me dou por vencido decido atender...
-alô
- Oi senhor John?
-diga logo o que quer..
- Oi eu sou viviam estou lhe telefonando do hospital Saint Louis, para informar sobre a sua irmã
-o que houve? cadê a Alice ? Fale !
- calma senhor, precisamos de sua presença aqui no hospital sua sobrinha precisa do senhor
- ok ! estou a caminho.

Desligo o celular ainda atordoado com o que eu ouvi, minha irmã, minha irmazinha, meu Deus proteja a .. Corro o mais rápido que posso ligo o som do carro pra ver se me distraio, e escuto o noticiário falando do acidente, Deus ajude que não seja o que eu pensando.

Chego no hospital e vou em busca de informações, um médico vem ao meu encontro.
- Olá eu sou o dr Eduardo, como vai? Você deve ser o John irmão de Alice ?
- sim doutor, sou eu sim por favor me fale que tudo está bem.
- Venha comigo até minha sala.

Entro e sento , minhas mãos suam, não quero ouvir o que eu pressentindo...

- John, sua irmã sofreu um grave acidente hoje pela manhã na interestadual, infelizmente fizemos tudo que estava em nosso alcance, mas sua irmã não resistiu aos ferimentos.
O tempo para, não consigo respirar, meu peito dói, tudo dói, minha irmazinha, minha bonequinha, meu amor se foi.. Não posso acreditar, da minha garganta sai um rugido, um grito de dor, não contenho as lágrimas, meu corpo desmorona, uma aflição na alma, perdi minha metade...

O médico tenta me acalmar.
- John me escute, preste atenção, a Ana ela estava com a Alice no carro, ela precisa de você, me escute, ela se machucou, fraturou o braço, mas ela está bem, ela precisa de você.

Minha mente foi clareando, acordei do transe em que me encontrava, minha menina...
-Minha menina.

Foi a única coisa que conseguir falar.

-venha John, venha olhar sua menina, ela com a nossa psicóloga, ela sendo bem assistida.

Me levanto e o sigo, quando chego na enfermaria, vejo que tem alguém de costas pra mim, e contando história pra minha pequena, essa voz... meu pensamento por um momento viaja no tempo, mas retorno minha atenção a minha menina, ela me vê, seus olhinhos avaliadores me mostram tristeza, me aproximo e um perfume doce e suave invade minhas narinas, mas permaneço focado na minha menina, vejo que a moça se afasta ainda de costas pra mim, vejo minha pequena, vou ao seu encontro, minhas lagrimas teimando em cair, ela me abraça suas pequenas mãozinha rodeam meu pescoço, sinto seu cheiro, o cheiro de um recomeço, vai ser difícil, mas vamos conseguir, vou cuidar da minha pequena pra sempre, faço minha promessa mentalmente, palavras não são necessárias nesse momento.
-

Até em breve;*

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