2 - Um olhar...

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Confiança. Nem sempre é fácil confiar, mas algumas pessoas conseguem conquistar nossa confiança de uma forma extremamente impressionante. Podemos escolher em quem confiar, mas nunca vamos ter certeza se escolhemos as pessoas certas. O quanto eu sou confiável? Sabe que eu nem sei, depende de quem me cobra essa confiança, algumas pessoas simplesmente merecem que sejamos confiáveis, já outras nem tanto... As vezes eu olho nos olhos das pessoas na tentativa de encontrar neles uma confiança que nunca havia encontrado antes, foram poucos os olhares que me deixaram segura até hoje, mas esses poucos valeram a pena.

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- Chegamos, nem sei por onde começar. - sua voz estava suave e cuidadosa como se tentasse atravessar uma parede de espinhos. Estávamos agora em um pequeno parque ele tinha lindos canteiros de rosas, de todas as cores e um balanço ah como eu adorei aquele lugar
- Pode começar pelo começo - eu disse indicando para que ele se sentasse no balanço ao meu lado
- Você não se lembra Michaela mas nós já estudamos juntos, durante muitos anos na verdade, te conheço desde seus 6 anos, quando você saiu da escola no final do 1 ano eu passei a te acompanhar de longe, vi todos os momentos importantes na sua vida. - Andrew parou por um momento e olhou no fundo dos meus olhos, aquele olhar me derreteu e nesse exato segundo as lembranças voltaram com tudo ele estava nelas lembrei de quando entrei na escola, lembrei de como fomos amigos um dia e como eu sempre fui atraída por ele
- Ah Andrew não acredito que eu não lembrei antes, você mudou muito, melhorou na verdade. - começamos a rir juntos - E então como andam seus sonhos? Se não se importar gostaria que você cantasse para mim de novo. Topas?
- Estou na faculdade, e meu sonho virou um robe, talvez eu cante para você de novo um dia. - eu o abrecei como eu estava com saudades, muitas saudades, de tudo e de todos - Acho que agora podemos ir a outro lugar oque acha? - ele se levantou e esticou a mão para me ajudar a andar.
Andamos em silêncio por um momento e paramos em frente a uma porta enorme de madeira.
- Ela não é tão grande assim você que continua pequena. - disse Andrew num tom de provocação se ele soubesse o quanto ficava sexy enquanto fazia isso, ou talvez soubesse e fizesse de propósito. Entramos, estava um silêncio amedrontador procurei Andrew e segurei discretamente sua mão enquanto ele fechava a porta e a penumbra se instaurava no local e derrepente as luzes se assendem, fico cega por um segundo quando diferencie algo, era rostos, vários olhares, todos sorridentes, aos poucos fui receconhecendo cada um dos que estavam ali, todas as pessoas de quem um dia fui próxima, meus amigos, todos eles estavam lá.
- Bem vinda de volta. - disseram todos em uníssono nesse momento eu fiquei tonta senti um frio tomando conta de mim, meus olhos foram se fechando aos poucos, meu corpo fui amolecendo e senti que ia cair, Andrew me segurou, antes de desmaiar ouvi gritos de preocupação e vi o olhar preocupado de Andrew sobre mim, não lutei contra o desmaio como fazia sempre, sabia que estava segura no meio de todas essas pessoas.

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