Capítulo 1- Outro dia qualquer

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  Hoje é sexta-feira, dia de prova de cálculo na minha sala. Estudei bastante mais eu ainda não estou confiante. São apenas 6:30 da manhã, acordei cedo porque eu estava nervosa demais. Não sou acostumada a tirar notas baixas, quando eu tiro me sinto culpada. Sai da cama e andei sem animo para o banheiro onde me olhei no espelho rapidamente e peguei minha escova de dentes. Voltei para o quarto para tirar o pijama, embora só fosse ter aula a partir das 8:00, gosto de ficar pronta cedo. Fui para a cozinha fazer meu próprio café-da-manhã, pois minha mãe acordava sempre depois de eu sair para a escola. Meu pai, bom, tomara que Deus o tenha. Morreu de acidente de carro faz 9 anos. Eu tinha apenas 7 anos. Depois da morte dele nada foi do mesmo jeito pois, ele era a alegria da casa, hoje a casa é vazia e triste. 
   Fui para a sala com uma xicara de café e um pedaço de pão caseiro de nozes-sem-nos pois sou alérgica a nozes, sempre esqueço e vou parar no hospital, já aconteceu 3 vezes este ano. Meu relógio de pulso marca as 7:50, vou andando então, este é o tempo que levo até a escola para que o primeiro sinal soe as 8:10. Tenho que passar na Bethany para irmos juntas. Ela tem carro mais não tem permissão de dirigi-lo. Passei na casa dela e fomos juntas. Chegamos na escola e a Sra. Melany já estava entregando as provas de cálculo. A prova até que estava boazinha mais eu não pude evitar o friozinho na barriga depois de fazê-la. Eu tinha aula de francês junto com a Bethany e a Melissa, mais estávamos com fome então, fomos ao refeitório comprar alguma fruta ou salada pois a Melissa esta de regime nos últimos meses. Depois de todas as aulas entediantes cheguei em casa dei um beijo na minha mãe e fui tomar banho. Depois do banho fui comer algo, pois a fruta não me satifez. Minutos depois a Bethany apareceu na porta da minha casa com uma cesta de bolinhos feitos pela mãe dela -deu para perceber pois eles estavam quase deformados- e com a cara mais feliz e sorridentes que eu já vi na minha vida.
   - Adivinha- disse ela com entusiasmo.
   - Bom te ver também- falei com minha voz irônica.
   - Nós vamos viajar !- disse ela quase gritando.
   - "Nós" ?- perguntei curiosa.
   - É, sua mãe deixou agente te levar para a casa de praia do vovó Percy. Vai ser este fim de semana, é melhor arrumar as malas.
   Olhei para a minha mãe e ela estava com aquele sorrisinho de "SURPRESA". Não é que eu não goste de praia é que eu ODEIO praia, prefiro piscina. Um simples "ok" saiu da minha boca quase abafado. Recebi os bolinhos de framboesa, antes me certifiquei se eles não eram de nozes.
   Convidei-a para entrar ela sentou-se no sofá da sala enquanto nós conversávamos sobre esta bendita viagem. Pela manhã o carro dos pais de Bethany estavam lá fora, me esperando. A viagem demorou mais, quando chegamos eu vi que não seria muito ruim pois a casa tem uma piscina e, fica longe da praia. Os avós de Bethany foram legais comigo, mais eu acho que Tiger o gato não gostou muito de mim. Nós nos apressamos para ir a piscina. Troquei de roupa no vestiário da casa e fui dar um mergulho. Após aquele tempo de molho na piscina eu, precisava de uma ducha de agua fria. Quando terminei escovei meus longos cabelos ruivos e coloquei o pijama que minha mãe havia comprado semana passada e que eu nunca tinha usado, e me deitei na cama do quarto de hóspedes.
  Quando amanheceu, nos fomos para a praia, eu fui apenas para ficar sentada na areia e para fazer companhia para a Bethany. Quando nos chegamos na praia, eu quis logo pegar meu lugar na areia, de preferencia, perto do mar. Quando cheguei perto da areia, e, estava quase colocando meu guarda-sol no chão, quando, de repente, um garoto alto do olhos negros e cabelos castanhos sentou-se no meu lugar.
   - Ei, eu ia me sentar ai !- gritei bem alto mesmo ele estando ao meu lado.
   - Oh! Me desculpe gatinha, já estou saindo. -falou ele com voz calma e serena.
   - Olhe aqui, não me chame de "gatinha" , saia logo !- eu falei bem alto, já estava meio alterada.
   - Calma docinho, já sai.- falou ele levantando-se.
   Eu fiz a minha cara de quem ia matar ele mais por sorte Bethany chegou bem na hora acabando com a "briguinha".
   - O que esta acontecendo aqui ?
   - Oi Bethany, quanto tempo !- falou ele digindo-se a mim com um sorrisinho torto.
   - Pois é, como vai a tia Nancy ?
   - Espera, espera. Vocês já se conhecem ?
   - Somos primos !- falaram em couro.
   Enquanto eu estava com a boca entreaberta porque eles realmente se pareciam, o garoto disse:
   - Bethy, quem é a ruivinha ? Sua amiga ?
   - Isso mesmo. Jordan esta é Anne, Anne este é Jordan.
   Apertamos as mãos mesmo eu ainda estando de boca aberta. Agora o garotinho atrevido tinha nome: Jordan. Voltei para casa meio atordoada. Tive que arrumar a mala já que era domingo e o final de semana havia acabado. Quando deu 20:00 tivemos que viajar de volta para casa. Nos voltamos por volta das 23:00. Quando cheguei em casa eu estava cansada e exausta e não demorei a dormir. Quando eu acordei de manhã na segunda-feira, eu estava com dores de cabeça muito fortes, deci as escadas e vi minha mãe falando no telefone, provavelmente com a síndica do nosso condomínio.
   Eu avisei a minha mãe que estava de saída e sai de casa. No meio do caminho passei na Bethany, ela estava na calçada de casa me esperando. No caminho para a escola ela só sabia falar do seu primo e de como foi incrível o nosso encontro inesperado na praia.

AnneOnde histórias criam vida. Descubra agora