Brincadeira de mal gosto

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Perrie acordou com seu celular tocando, não fazia ideia de que horas eram, na verdade desde que Leigh-Anne havia começado a procurar emprego e abandonado as noitadas a vida dela estava ainda mais bagunçada do que o normal, e ela descobriu que não tinha limites. O som alto do aparelho a fez bufar e levantar irritada para procurá-lo.
- Que é? -Perrie atendeu completamente mal humorada.
-Oi Pezza. - Alexander até tentou terminar de falar mas foi interrompido por uma raivosa Perrie.
- Já disse pra não me chamar assim, e o que quer?
- Já que é pra ser assim serei direto, você tem trinta minutos pra estar na empresa. -a garota bufou. - E nem pense em não aparecer. - O tom de voz do pai era sério.
- Em trinta minutos eu não consigo se quer tomar banho.
- Não brinque comigo Perrie. -E o homem desligou sem dizer mais nada.
Apesar de contrariada a loira levantou se arrumou rapidamente e não fez a mínima questão de parecer apresentável, passou pela cozinha e pegou um pedaço de pizza e uma cerveja na geladeira e saiu correndo de casa.
Chegou a empresa quase meia hora depois de tempo estipulado por seu pai, pegou o elevador e se dirigiu ao vigésimo e último andar do grande prédio, onde ficava a sala do presidente, sorriu para Flora a secretária e se dirigiu a enorme sala onde já era aguardada a bastante tempo.
Assim que cruzou a porta se dirigiu à mesa que havia no canto e se serviu de um copo de Whisky com gelo.
- então o que tinha de tão importante pra me dizer? - Perrie perguntou em um tom pouco amigável ao se dirigir para próximo da enorme parede de vidro que havia na sala e dava vista para toda Manhattan.

- Perrie as coisas não precisam ser assim minha filha. - O pai respondeu amigável se aproximando da filha, mas antes que ele a tocasse ela se afastou.

- Não tenho o dia inteiro Alexander, o que quer? - O homem passou as mãos pelo rosto e voltou a sua mesa.

- Tudo bem, serei direto.

- Estou esperando... - O humor da filha parecia ainda pior aquele dia. Duas batidas foram ouvidas na porta e ambos se viraram.

- Mandou me chamar Sr. Edwards? - Perrie não pode deixar de reparar na garota parada na porta, linda, ela pensou.

- Sim Srta. Thirlwall, entre. - A garota então entrou na sala, Alexander se levantou e lhe apertou a mão. - Quero lhe apresentar minha filha Perrie. - As duas trocaram um breve aperto de mão e a loira se afastou para se servir de outra dose de Whisky.

- Se era só isso que tinha pra mim, eu já vou. - Desde a morte de sua mãe, Perrie não suportava passar mais que cinco minutos na mesma sala que seu pai.

- Perrie, a Srta. Thirlwall será sua chefe a partir de amanhã. - A garota travou próxima a porta, seu rosto passou de raivoso para incrédulo e em segundos ela soltou uma risada sarcástica. Aquilo só podia ser algum tipo de brincadeira de mal gosto.

- Não pode me obrigar a trabalhar aqui, e só pode estar ficando louco se acha que virei espontaneamente. - Ela voltou a se virar para sair, mas a voz de seu pai lhe fez parar novamente.

- Tem razão eu não posso te obrigar, e não irei, mas cansei de te assistir acabar com a sua vida, sua mesada esta suspensa e seus cartões bloqueados, a escolha é sua, se resolver, comece amanhã as 9h em ponto.

- Você não tem o direito de fazer isso. - Os olhos de Perrie estavam vermelhos e a garota tremia de ódio.

- Não só tenho como já fiz. -Alexander odiava ter que tomar essa atitude com a filha mas já não sabia mais o que fazer.

- Minha mãe nunca permitiria uma coisa dessas. - O tom da filha agora era de ressentimento.

- Tem razão, ela não permitiria que você chegasse onde chegou, mas ela não esta mais aqui e nós temos que aprender a lhe dar com isso. - Algumas lagrimas rolavam pelas bochechas dos dois, Thirlwall estava muda e imóvel desde o momento em que tinha cumprimentado Perrie.

- Se te interessar, Leigh-Anne começou hoje na Edwards de Manhattan, ela ficaria feliz se tivesse seu apoio. - Alexander informou quando a filha já estava deixando a sala, na verdade a intenção do homem era dizer para a garota onde encontrar a unica pessoa que ela permitia ultrapassar o muro construído a sua volta.



A Filha do Chefe (Jerrie Thirlwards)Onde histórias criam vida. Descubra agora