0.1 - PRÓLOGO

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Base militar Alfa-14

Nevada, Estados Unidos da América.

06h00min horário local


     O que se pode esperar de uma base militar americana no seu auge de funcionamento além de exercícios matinais? É mais do que padrão ver cadetes ou soldados treinando como se houvesse uma guerra acontecendo, principalmente quando de fato há. Dezenas se não centenas de homens e mulheres passavam por um percurso intenso que doía em qualquer pessoa que sequer ousasse averiguar o que estava acontecendo tão longe de uma zona civil. A questão é que nenhum soldado ali presente era um mero soldado de infantaria ou do puro exército americano, todos os participantes dos treinamentos da Base Alfa-14 são exímios integrantes dos grupos conhecidos como Batalhões Anti-Meta, que não são nada mais, nada menos do que as equipes responsáveis por combater e deter ocorrências relacionadas aos mais novos "super criminosos" que agora afrontam cidades do mundo todo.

     – Vocês já pararam para pensar nas proporções catastróficas de destruição que as guerras podem causar apenas com exércitos, influência e ambição? – Questionou o homem alto, robusto e grisalho que ostentava sua postura ereta sob uma espécie de palco, porém sem cortinas a serem puxadas e muito menos plateia ansiosa para prestigiar sua presença. O que se estendia perante o major Louis Silvian era um mar de recrutas que haviam sido recentemente selecionados para integrar o quadro de soldados especiais dos pelotões das Forças Armadas Unidas. – Pois bem, – Continuou. – agora imaginem o tamanho da destruição que pode ser causada por pessoas como vocês, enquanto cumprem suas missões de caça. Rastreando, interceptando e combatendo Metas. Selecionados para serem melhores e fazerem mais que qualquer soldado já alistado. Claro, fica difícil explicar quando não se frequenta um campo de batalha por anos.

     Ao fundo do ginásio improvisado, por um enorme toldo jogado por cima de hastes simples formando um retângulo frágil ao vento forte do deserto, estava o pelotão RMT-23 comandado pelo capitão Ronald March Trevor. Composto por sete soldados, era a equipe mais bem sucedida nas missões designadas para seu tipo de situação, que consistia em interceptar e incapacitar ataques de meta-humanos. E era sua vez de falar. Rapidamente tomaram suas posições no palco improvisado e rigidamente aguardaram o anúncio oficial.

     – Mas vocês podem tirar suas principais dúvidas com uma equipe que domina seus confrontos com maestria. Senhoras e senhores, lhes apresento o pelotão RMT-23, também conhecido por... – Antes que o major pudesse terminar, os soldados urraram seu apelido de guerra com tamanho orgulho que certamente assustaram um ou dois cadetes.

     –ÁS DE ESPADAS! – Saiu uníssono da boca dos sete soldados.

     – Bem, já que dispensam formalidades, Sentinela Markus. – O rapaz mais alto da formação tomou a frente e bateu continência para o major, seguido pelo restante do esquadrão. – Apresente sua equipe e tome a palavra.

     Sem qualquer desperdício de tempo, o homem loiro de traços fortes que aparentava ter algo por volta dos 30 anos ordenou – Um passo a frente, – seus companheiros entraram em sentido de forma perfeitamente sincronizada. – Junior, – como se já soubesse que seria o primeiro a ser chamado, o rapaz de cabelo castanho quase preto e barba rasa deu um passo a frente e bateu continência. – Brendon, – não demonstrando marcas de pelos faciais ou apresentando seu cabelo recém-raspado, era claramente o mais jovem, se posicionou ao lado de Junior batendo continência. – Thunder, – a única mulher da equipe entrou na formação e aguardou novas ordens. – Hashiro, – o rapaz de aparência asiática e com uma cicatriz no lado esquerdo do rosto ficou à disposição de seu líder. – Viktor – dono de braços que poderiam facilmente ser confundidos com montanhas, o mais velho do pelotão bateu continência como todos os outros. – E Jerome. – por último, mas certamente não menos importante ou eficiente, o homem ruivo encerrou a chamada ficando no fim do palco improvisado.

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